O sacerdote e a Santa Missa – III

No CEC (II parte, II seção, Art. 3) encontramos o magistério sobre este sacramento da Eucaristia. Dentre os sete pontos em que este assunto está dividido faço uso de dois para escrever, por coincidência – ou não – o primeiro e o ultimo.
A Eucaristia – fonte e ápice da vida eclesial.
A Eucaristia – “penhor da glória futura”.
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A Eucaristia – fonte e ápice da vida eclesial.
A vida eclesial nutre-se da Eucaristia, pois ela é communio, comunhão de todos aqueles que querem seguir a fé que é a mesma dos demais, então a eucaristia une estes numa mesma família.
Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa (Presbyterium Ordinis 5 in CEC 1324).
O sacerdote é o primeiro que deve saber disso. Ele é o “porta-voz” desta verdade e vivenciador da mesma. Se Cristo é a razão do sacerdote, como algum sacerdote não possa admitir que tudo o que se faça em honra deste Cristo-Eucaristia se realize? Vemos muitos – e falo de muitos mesmos – que não tem mais a Cristo-Eucaristia como objetivo-modelo de suas vidas. Trocaram a Eucaristia por “teorias” teológicas que supostamente seriam “desenvolvimento” de algum dogma, ou de algum sacramento, que diria ser “abuso” senão absurdo levar Cristo as ruas, adorar a Cristo publicamente, ou simplesmente, orar a Cristo Eucarístico com a desculpa de que basta um simples crucifixo que nem crucificado têm!
A comunhão de vida com Deus e a unidade do povo de Deus, pelas quais a Igreja é ela mesma, a Eucaristia as significa e realiza. Nela está o clímax tanto da ação pela qual, em Cristo, Deus santifica o mundo, como do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por ele, ao Pai (Congregação dos Ritos, instrução Eucharisticum mysterium, 6: AAS 69 (1967) 539-573 in CEC 1325).
Finalmente, pela Celebração Eucarística já nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (1Cor 15,28 in CEC 1326).

A Eucaristia – “penhor da glória futura”.
Se a Eucaristia é o memorial da Páscoa do Senhor, se por nossa comunhão ao altar somos repletos “de todas as graças e bênçãos do céu” (MR, Cânon Romano: Supplices te rogamus), a Eucaristia é também a antecipação da glória celeste (CEC 1402).
Quando da última ceia, o Senhor mesmo dirigia o olhar de seus discípulos para a realização da Páscoa no Reino de Deus: “Desde agora não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que convosco beberei o vinho novo no Reino de meu Pai” (Mt 26, 29). Toda vez que a Igreja celebra a Eucaristia lembra-se desta promessa, e seu olhar se volta para “aquele que vem” (Ap 1, 4 in CEC 1403).
“Expectantes beatam spem et adventum Salvatoris nostri Jesu Christi (Embolismo do Pai Nosso in CEC 1404)”.
Desta grande esperança, dos céus novos e da nova terra nos quais habitará a justiça, não temos penhor mais seguro, sinal mais manifesto do que a Eucaristia. (CEC 1405).

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