Mais histórias de amigos e desconhecidos

Julgando em posição confortável

É muito fácil julgar os outros, quando não nos colocamos na mesma situação deles. Um exemplo disso ocorreu no Congresso do Partido Comunista, quando o então todo-poderoso Nikita Khruschev - para espanto do mundo - denunciou os crimes de Stalin.

Durante o discurso, alguém gritou:

- Onde estavas, camarada Khrushchev, enquanto os inocentes eram massacrados?

- Levante-se quem disse isso - pediu Khruschev.

Ninguém se mexeu.

Seja você quem for, já respondeu a sua pergunta - continuou Khruschev. - Naquele momento, eu estava na mesma posição em que você está agora; sem coragem de expressar publicamente o que pensava.

Em fila indiana

O leitor Gilberto de Nucci tem uma excelente imagem a respeito de nosso comportamento. Segundo ele, os homens caminham pela face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.

Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás, guardamos todos os nossos defeitos.

Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente, nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui.

E nos julgamos melhores que ele - sem perceber que a pessoa andando atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

Deus é a sombra do homem

Já participei junto com o prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel de várias conferências em Davos, na Suiça. Em algum de seus discursos, ele comentou:

"Deus é a sombra do homem. Assim como a sombra repete os movimentos do corpo, Deus repete os movimentos da alma".

Acho excelente esta descrição de Wiesel. Sempre existe uma relação entre o que fazemos e o que recebemos em troca; quando somos generosos, a "sombra de Deus" repete os movimentos que fizemos em benefício do nosso próximo, e nos dá com generosidade dez vezes maior. Se somos cruéis, esta nossa crueldade se reflete no plano espiritual, e também retorna.

Perdido em Los Angeles

Marcelo, marido da produtora de televisão Miriam Leme, estava perdido em Los Angeles, Califórnia. Durante horas vagou sem rumo, e - já tarde da noite - terminou entrando numa área perigosa.

Percebendo o ambiente a sua volta, ficou nervoso e resolveu tocar a campainha de uma casa com luz acesa.

Um homem de pijama atendeu. Marcelo explicou a situação, e pediu que chamasse um táxi. Ao invés de fazer isso, o homem vestiu-se, tirou o carro da garagem, e foi levá-lo até o hotel.

No caminho, explicou:

"Cinco anos atrás, estive no Brasil. Certa noite, me perdi em São Paulo. Eu não falava uma palavra de português, mas um rapaz brasileiro terminou por entender o que eu queria, e me levou até o hotel. Hoje, Deus me permitiu saldar esta dívida".

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