A prece
O rabino Dov Baer estudava as Escrituras, enquanto seu filho de um ano dormia ao lado de sua mesa de trabalho.
Em dado momento, a criança acordou e começou a chorar. Dov Baer, concentrado no que lia não prestou a menor atenção.
A criança chorou horas seguidas, até que o rabino Zalman, veio correndo do seu quarto e colocou-a no colo. Quando os gritos do menino cessaram, Zalman virou-se para o Dov Baer e disse:
"Admiro a sua concentração no trabalho; se queremos entender Deus é importante o estudo das Escrituras. Mas se queremos nos aproximar de Deus, temos que primeiro consolar aqueles que choram."
A generosidade
Muhammad ib Sugah conta a história de Abdulah e Mansur, dois fiéis muçulmanos. Certo dia, Abdulah pediu ajuda ao amigo.
O tempo foi passando, e nenhuma ajuda foi dada. Um dia, Mansur perguntou:
"Meu irmão, você me pediu ajuda, e eu não fiz nada. No entanto, você parece não ter se irritado com isto."
"Temos uma longa amizade. Aprendi a amar-te antes de precisar de um favor. E consigo continuar te amando, não importa se tu me atendes ou não."
Mansur respondeu:
"Eu não fiz o que pediste, porque queria saber a força de teu desejo. Vi que esta força é maior do que a discórdia e o ódio; amanhã você terá o que pediu."
A doação
A encarregada de uma igreja já ia fechar as portas do templo, quando uma mulher chegou, pedindo um pouco de azeite para o jantar de seu marido.
A encarregada lembrou-se que só tinha azeite necessário para o jantar do padre. "Não tenho o suficiente", respondeu.
Quando o padre chegou, ela comentou o que havia acontecido. O padre ficou furioso; exigiu que fosse entregar o azeite para a vizinha.
Ela recusou-se, dizendo: "Está escrito no evangelho: estejais preparados, pois ninguém sabe a hora em que o noivo chega".
O padre respondeu: "Quando o assunto envolve caridade com o próximo, não precisamos agir de acordo com o que está escrito".
O afeto
H. Bloomfield soube que o pai fora hospitalizado de repente:
"Enquanto viajava para New York, pensava que tinha chance de fazer com que esta visita fosse diferente das demais. Sempre tive medo de mostrar meu afeto, sempre quis manter a mesma distância prudente que meu pai mantinha comigo. Quando o vi na cama, cheio de tubos, dei-lhe um abraço. Ele se surpreendeu.
"Abraça-me também, papai", eu pedi. Ele me havia educado dizendo que um homem nunca demonstra seus sentimentos. Mas insisti. Papai levantou os braços e me tocou. Ali estava eu pedindo a meu pai que me mostrasse o quanto me queria - embora eu já soubesse".
"Senti suas mãos na minha cabeça e - pela primeira vez - escutei as palavras que seus lábios jamais haviam pronunciado: "Te amo". E, a partir do momento em que teve coragem de mostrar seu amor, recuperou sua vontade de viver".
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