XXIX Domingo do Tempo Comum - Lc 18, 1-8

Estimado Padre!
Queridos irmãos e irmãs!


Na leitura do Êxodo encontramos uma apresentação de que sem a oração não se obtêm a vitória. Moisés neste trecho é figura de que sem o auxilio pedido a Deus constantemente não somos capazes de vencer o mau que pode estar nos atacando...
Em harmonia a este tema temos a 2ª leitura que nos traz a importância de que, mesmo nas perseguições ou tribulações permaneçamos firmes e fiéis a missão que de Deus recebemos... devemos ter consciência de que teremos muitas dificuldades na vida, mas nunca devemos desanimar de anunciar o Amor e a Misericórdia de Deus revelada em Jesus Cristo... por isso diz: proclama a palavra, insiste oportuna e importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina.
No evangelho encontramos Jesus contando uma parábola para aplicar uma mensagem divina sobre a oração. Diz o evangelho no início que Jesus contou uma parábola para ensinar sobre a necessidade de orar com persistência.
Este texto segue ao ao discurso escatológico de Jesus sobre a vinda gloriosa do Filho do Homem (Lc 17, 33). É seguindo esta idéia que a parábola deve ser entendida. Neste tempo em que este Evangelho de Lucas é escrito, há perseguições aos cristãos, por parte dos judeus e dos romanos, ou seja, a hostilidade às comunidades cristãs é muito grande no final do século I. É por isso que os cristãos estão desanimados e anseiam logo pela vinda gloriosa de Jesus – a segunda vinda – para haver uma definitiva intervenção de Deus na história para derrotar os maus e salvar o seu povo.
Tendo isto, podemos pensar no que Jesus nos conta: se um juiz prepotente e insensível é capaz de resolver o problema da viúva por causa da sua insistência, Deus que não é igual a este juiz, não iria escutar os seus filhos que clamam a Ele dia e noite? É evidente que, se até um juiz insensível acaba por fazer justiça a quem lhe pede com insistência, com muito mais motivo Deus estará atento às súplicas dos seus filhos.
A necessidade da oração é clara para nós, através dela é que dialogamos com Deus, deixando de lado aquela imagem de um Deus indiferente a mim, que não olha para mim. Dialogo com Ele para expressar-lhe meu louvor, minha ação de graças, mas ainda para suplicar-lhe o seu perdão e sua assistência em nossa vida. A oração tem esta dimensão de súplica pelas minhas necessidades e as dos outros. Mas muitas vezes não pensamos que Deus não nos escuta? Porque Ele não nos atende?
A oração não é uma fórmula mágica e automática para levar Deus a fazer-nos as “vontadinhas”... muitas vezes, Deus terá as suas razões para não dar muita importância àquilo que lhe pedimos: às vezes pedimos a Deus coisas que compete a nós conseguir – por exemplo, passar nas provas – outras vezes, pedimos coisas que nos parecem boas, mas que a médio prazo podem roubar-nos a felicidade; outras vezes, ainda, pedimos coisas que são boas para nós, mas que implicam sofrimento e injustiça para os outros... É preciso termos consciência disto, e quando parece que Deus não nos ouve, perguntemos a nós mesmos se os nossos pedidos fazem sentido, à luz da lógica de Deus.
Portanto, Jesus nos convida a pensar melhor sobre a nossa oração, o que fazemos dela. Ela é canal fundamental do nosso encontro com Deus e contato com Ele, sendo através dela que devemos suplicar o seu auxílio, pois, sem ele não conseguiremos cumprir fielmente seu caminho.

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