SOLENIDADE DA ASCENSÃO




1.A Ascensão de Jesus não marca um fim. Ele continua vivo e presente, pois estamos unidos a Ele. Ele é a cabeça que atrai o corpo para o Pai, vivificando com seu Espírito. Ele é a fonte da vida. Ele vem sempre. Ele levou os cativos (nós) para o novo mundo da sua Ressurreição e derrama sobre nós seu Espírito. Sua Ascensão é para que cheguemos ao homem perfeito. O movimento da Ascensão será completo quando todos tivermos sido atraídos pelo Pai. A liturgia é o momento de sua vinda. Ele a preside. Celebramos a alegria do Pai que vê a volta do Filho com os filhos adotivos.

“Tendo subido às alturas, ele capturou prisioneiros, e distribuiu dons aos homens”.
Jesus sobe ao Pai, volta ao lugar de onde veio e no qual existe desde toda a eternidade. Tendo ele voltado para junto do Pai, no seu Trono de Glória, não ficaríamos nós solitariamente perdidos? Ou, como pensaram os discípulos “abandonados”?
Jesus mesmo mostra que permanece perenemente com os homens. Aliás, não somente permanece conosco como nos regalou muitos dons, ou seja, presentes provindos de sua excelsa subida aos céus. Para começo, desceu mais que a terra para resgatar os que estavam condenados a penar para sempre sem Deus... E subindo fez descer a nós uma força que se distribuiu em vários dons, capacidades. Daí provém a diversidades de dons e carismas.
Mas esta captura para nós pode ser entendida como o efeito necessário para nós hoje, desta Redenção de Cristo. Tendo demonstrado sua divindade com a Ressurreição e Ascensão não provou somente que realmente era o Filho de Deus, mas também nos “resgatou” da condenação em que estávamos. O seu resgate nos salvou... Fomos nós a quem resgatou, ou seja, tirou da condição infeliz em que os homens viviam para um estado melhor; uma condição diferente. Sua “subida” nada mais é que símbolo desta subida que fazemos nós da baixeza do pecado (suas trevas e ignorância) até as alturas da glória, da Redenção. E Cristo, como bom pastor, tronco da videira, mestre do amor, toma a frente sem necessitar para que nós possamos ir atrás Dele. Sua Ascensão aos céus é protótipo da subida que devemos fazer para chegar a Deus.

Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, ...e à estatura de Cristo em sua plenitude
Com sua elevação aos céus e esta descida ao mesmo tempo da força de Seu Espírito todos recebemos “graça sobre graça” para nos edificarmos neste corpo, nesta construção que é Cristo. Assim, os santos somos nós, não porque sejamos pessoas santas, mas porque nos encontramos agora com capacidade de ser SANTO, ou seja, estar na estatura em Cristo esteve; em outras palavras, somos capazes de agir, pensar e falar com Cristo fazia.
Estar na estatura de Cristo significa muito mais que ter a Jesus como mestre e guia. Significa configurarmos a pessoa de Jesus Cristo, estarmos imbuídos do Seu espírito a tal ponto que tudo em minha vida (em gestos exteriores e sentimentos interiores) mostra o que Cristo estaria fazendo. Caríssimos, assim somos alter Christus, outro Cristo, para mim mesmo, para Deus e meus irmãos.
2.A liturgia da Ascensão leva-nos a conhecer a Cristo para que saibamos a esperança a que seu chamado nos dá e a riqueza da glória que está na herança dos santos, como também o poder que tem em favor dos que crêem. Esta riqueza encontra-se na liturgia. Com o Espírito podemos nos alegrar com o Pai que vê seu Filho voltando com os filhos que adotou.

“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! .... Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte.
Este mandato de Cristo é sempre o núcleo da missão da Igreja. Sabendo nós que esta Igreja viva somos nós mesmos, este mandato é para nós. Somos ordenados por Jesus a ir ao Mundo inteiro, que pode ser até ao alcance de meus “braços”, até a o alcance de meu exemplo. Às vezes temos o alcance limitado por força de nossas debilidades ou vida social, mas o que podemos fazer então? Podemos daí em primeiro lugar viver bem minha fé, com o exemplo em minha vida, ou seja, que exteriorize o que creio pela fé. Porque é assim que nossos irmãos e irmãs podem constatar que cremos e quem sabe encontrar em nós exemplo a seguir para chegar até Cristo. Assim é que somos santos! Fazendo não apenas que nossas vidas alcancem a Deus, mas através delas fazer com que os outros também possam ele alcançar.
Caríssimos irmãos! Uma vez impregnado do espírito do Senhor os discípulos saíram a pregar pelo mandato que de Deus receberam. Nós somos estes novos discípulos que ao ouvir de Cristo ide pelo mundo inteiro e anunciai e evangelho, devemos correr a anunciar o evangelho, de primeiro com esta postura que já sabemos: coerência de fé-vida.
3.Recebemos a missão de ir pelo mundo anunciando o Evangelho a toda criatura. Estamos na glória, mas continuamos na história da qual é o condutor. Com ele vencemos o inimigo e criamos um novo céu e uma nova terra.


Pax Chrsiti

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