CRÔNICAS DE UM DESCONHECIDO II


Estava iniciando meu trabalho, tomando o fôlego perdido pela caminhada. Encontrando meu colega de serviço começamos a conversar sobre Marx e Engels e não sei como chegamos ao assunto de culinária. E no meio deste meu colega disse certa coisa que realmente tive que concordar sem explorar muito o assunto.
- ...tem mais coisas que movem meu gosto por um prato do que simplesmente sabor e minha fome!

Creio que isto é simples de se notar. Gosto de feijão preto, de preferência feito pela minha mãe. Mas por quê?

Ora, porque gosto! Não simplesmente. Porque este prato de feijão preto me traz algo de minha infância, algo - inconscientemente - vem a tona na minha mente de minha vevência familiar que apreciava tanto, e isto passa pelo meu paladar. Algo que me faz gostar tanto de faijão!

Lembro-me daquele filme, Ratatouille (2007), em que este mui experto ratinho "laçou" o temido crítico culinário Ego justamente lhe servindo algo que o fez recordar da alegria de sua infância ao saborear o mesmo prato servido por sua mãe!

Mas evidentemente, não creio que se ressuma somente as recordações o gosto misterioso por determinado prato. Também simplicidade da mistura que compõe o prato. Claro que não perguntamos na hora de comer como o prato foi feito - geralmente não se pergunta... -, mas falo da sutil aparência de pratos de composição simples expressam. O feijão de minha mãe não precisa ter nada o ornando para que eu o aprecie - e se tivesse acho que não seria dela.

Com isto, desgustemos sempre de nossos pratos favoritos, agora pensando que ali está algo mais que apenas fome, ou gosto!

Humm... meu deu fome!

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