Tenho uma confissão a fazer.
Nos relatos dos evangelhos, ou seja, a vida de Jesus uma das várias cenas que me deixam pensativos é esta que vemos na imagem deste vitral: Jesus na cruz tendo aos pés Maria sua Mãe e João, o mais jovem dos apóstolos.
Na verdade, todas as cenas da vida de Jesus são de muita relevância para todos os cristãos, mas para mim esta imagem é ao mesmo tempo emocionante e reveladora. Por que? Vejamos a figura que mais ressalto. Não se trata de Jesus na Cruz nem de Maria Santíssima, trata-se de João, o discípulo que Jesus amava (cf. Jo 21, 7).
Mas o que podemos ver em João, através desta imagem que pode ser simples e ao mesmo tempo revelador?
É necessário antes de alguma coisa, verificar como vemos esta imagem como tantas outras no Evangelho de Jesus. Não podemos simplesmente ve-las como vemos a superficialidade das pessoas ou das coisas deste mundo. Nos é necessário um instrumento que age como filtro, ou melhor, como colírio para nossos olhos. Falo da transcendência. Ela nos faz ver o que além da aparência estética da imagem, mesmo em nosso dia-a-dia como ver um pássaro no galho de uma árvore ou alguns meninos jogando futebol na rua.
Um olhar transcendente consegue ver o que tento espôr neste texto. Dizia algum padre do deserto que agora não me recordo do nome que a transcêndencia é como o ar, pode ser poluído dependendo de onde o respiramos. Para conseguir cultivar um olhar transcendete é preciso primeiro cuidar para onde olhar. Este exercício é necessário no incío, para alguém que deseja ter uma visão que transcenda a mera superficialidade das coisas podendo enxergar além do que normalmente veria.
[continua]
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Logo, estará a segunda novamente.