Apresentação do Senhor – Lc 2, 22-40

Irmãos e irmãs.

Hoje celebramos a festa da Apresentação do Senhor. Embora esta festa de 2 de fevereiro caia fora do tempo de natal, é parte integrante do relato de natal. É uma faísca do natal, é uma epifania do quadragésimo dia. Nesta festividade prolonga-se o tema de Cristo luz, que caracteriza as solenidades do Natal e da Epifania. (Homilia do Santo Padre João Paulo II na Solenidade da Apresentação do Senhor no Templo)

Apresentacao do Senhor É uma festa antiqüíssima de origem oriental. A Igreja de Jerusalém já a celebrava no século IV. Era celebrada aos quarenta dias da festa da epifania, em 14 de fevereiro. A peregrina Eteria, que conta isto em seu famoso diário, acrescenta o interessante comentário de que se "celebrava com a maior alegria, como se fosse páscoa"'. De Jerusalém, a festa se propagou para outas igrejas do Oriente e do Ocidente. No século VII, se não antes, havia sido introduzida em Roma. A procissão com velas se associou a esta festa, daí abençoarmos as velas neste dia. A Igreja romana celebrava a festa quarenta dias depois do natal.

Entre as igrejas orientais esta festa era conhecida como "A festa do Encontro" (em grego, Hypapante), nome muito significativo e expressivo, que destaca um aspecto fundamental da festa: o encontro do Ungido de Deus com seu povo. São Lucas narra o fato no capítulo 2 de seu evangelho. Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. (Lc 2,22-24)

Apesar de esta festa ser essencialmente Cristológica, "A Apresentação do Senhor" nos lembra que os mistérios de Cristo e de sua mãe estão estreitamente ligados, de maneira que nos encontramos aqui com uma espécie de celebração dupla, uma festa de Cristo e de Maria.

A bênção das velas antes da missa e a procissão com as velas acesas são características chocantes da celebração atual. É adequado que, neste dia, ao escutar o cântico de Simeão no evangelho (Lc 2,22-40), aclamemos a Cristo como "luz para iluminar às nações e para dar glória a teu povo, Israel".

Estas palavras proféticas são proferidas pelo velho Simeão, inspirado por Deus, quando toma o Menino Jesus nos seus braços. Ele preanuncia, ao mesmo tempo, que "o Messias do Senhor" realizará a sua missão como um "sinal de contradição" (Lc 2, 34). Quanto a Maria, a Mãe, também Ela participará pessoalmente na paixão do seu Filho divino (cf. Lc 2, 35) (Homilia do Santo Padre João Paulo II na Solenidade da Apresentação do Senhor no Templo). Simeão, inspirado por Deus, já antecipa a Maria e a todos que Jesus ao trazer revelar sua mensagem de verdade e amor dividirá os corações retos dos entorpecidos e mal intencionados. Cristo é ainda hoje sinal de contradição para o mundo que deseja viver independente de uma vontade Divina.

Por conseguinte, na solenidade do dia de hoje, celebramos o mistério da consagração: consagração de Cristo, consagração de Maria e consagração de todos aqueles que se põem no seguimento de Jesus por amor do Reino. Esta consagração torna-nos pertencentes ao grupo dos seguidores de Cristo, onde com mais coragem e ousadia levamos sua Palavra onde for preciso.

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