Sábado após Cinzas

Is 58,9b-14 Lc 5,27-32
Pe. Valderi
Neste dia de sábado após a celebração das Cinzas, nos encontramos com esta leitura de Isaías que não somente reproduz as palavras do Senhor ao povo de então, mas nos diz hoje algo sobre nosso reto proceder para alcançar suas graças.
O que Deus esta pedindo ao povo não se trata de mesquinharias, ou pelo contrário de algo impossível de se realizar. Se trata de deixar a omissão de certas coisas e deixar de realizar outras tantas que deformam a natureza humana além de desagradar a Deus e seu amor. De fato, nesta longa caminhada da vida acabamos nos adaptando a certos tipos de costumes artificias que são gerados instantaneamente como estar sempre preocupado com a última moda em roupa ou tecnologia até o cuidado exagerado de bens materiais e até de animais de estimação; coisas sem nenhum sentido de crescimento humano, apenas de prazer momentâneo, fútil ou que nos faz inverter valores humanos e cristãos. Isto nos acaba formando seres um pouco insensíveis principalmente a vida de nossos irmãos, principalmente quando falamos de nossos irmãos mais necessitados.
Em nossa sociedade ainda vemos muitas pessoas presas a estruturas opressoras, sejam no corpo ou no espírito. OpressãoMaos dadas no corpo priva qualquer ser humano de seu valor fundamental, a liberdade, pois o obriga a realizar ou a viver de modo indesejável a sua vontade, as vezes simplesmente em benefícios de terceiros. Por isso Deus clama ao povo, se destruíres teus instrumentos de opressão, e deixares os hábitos autoritários... (v.9b), deste modo conseguiremos não somente o beneplácito de Deus, mas também o alívio de tantos irmãos e irmãs. A opressão no espírito pode ser mais comum de que podemos imaginar, pois se trata daquele estado em que defronte a determinado vício ou pecado uma pessoa não consegue por suas forças reagir, mesmo tendo a consciência de que é necessário escapar deste beco, escuro onde a Luz de Deus é impedida de chegar. Alguém neste estado pode estar doente espiritualmente, oprimida por algum pecado cometido e que por mais que tenha recebido o perdão, não consegue o alívio de consciência. Por estes não somente é necessário orar, mas descobrindo quem são chegar caridosamente junto deles e lhes oferecer conforto e ajuda, mesmo que se trate simplesmente de oferecer a amizade. Também pode ser motivo de alguma opressão espiritual algum sentimento de culpa por algo ou alguém.
O Senhor ainda pede que deixemos a linguagem maldosa (v.9b). De fato, Tiago já nos alerta dos perigos da língua e do que sai dela, a linguagem maldosa é fruto de nosso descuido da personalidade, ou seja, sabendo como sou não posso deixar a língua produzir tudo que se passa na mente, ao menos sem antes refletir. Também faz parte de nosso exercício cristão nesta quaresma, mortificar a língua, isto é, observar com mais atenção o que falo e para quem falo. Sempre existe algo para nos corrigirmos e também ao contrário observar aquilo que poderia falar mas negligentemente não falo.
O Senhor igualmente orienta ao povo que respeitando a Lei estabelecida por Ele, a honrando devidamente, então deleitaremos no Senhor. Vivendo corretamente os mandamentos e honrando estas leis estabelecidas a Seus filhos Ele irá nos transportar sobre as alturas da terra e desfrutar a herança de Jacó (v.14).

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