Quinta-feira – Ex 32,7-14 Jo 5,31-47

IV Semana da Quaresma

Pe. Valderi

A aliança com Deus. Tema tantas vezes firmado no Antigo Testamento é sempre motivo das graças de Deus ao povo judeu como também da ira divina. Na verdade, a ira de Deus não é causada pelo fato de ter realizado a aliança com o povo de Israel, mas pelo fato de que este povo não consegue ser fiel a aliança firmada. A idolatria, a blasfêmia, a corrupção, as imoralidades, todos estes pecados do povo nascem da debilidade em não conseguir se sustentar na fidelidade a palavra firmada com Deus.

A maior parte dos pecados a que estamos sujeitos nascem de nossa debilidade, nossa fraqueza diante da atitude que nos pede fidelidade. No batismo recebemos um sinal de filhos de Deus, ou seja, a partir de então somos membros deste povo elegido para a morada eterna, povo que recebe de Deus a herança no Reino dos Céus. Por isso, estamos comprometidos com esta Nova Aliança – que na verdade é continuidade da Antiga Aliança –, o que nos pede também fidelidade e por isso estas palavras do Senhor, nesta leitura de hoje, a Moisés merecem nossa atanção: Vejo que este é um povo de cabeça dura… (v.9). Deus nos sonda, perscrutando nossa mente e nosso coração, tem ciência de nossas ações e pensamentos, por isso sabe o momento que nossa fraqueza humana cede ao erro e também às vezes que persistimos neste erro. Não nos ameça exterminar, mas não pode nos conceder a graça da vida divina se não somos capazes de rever nossa vida e mudarmos a atiutde abandonando o pensamento autosuficiente, as ações egoístas, vaidosas, ganânciosas e mesquinhas, que nos empurram para um viver sem a presença de Deus, quase fazendo com que tomemos a atitude deste povo de Israel que elegeu um bezerro de ouro para o pôr no lugar de Deus. Este bezerro pode ser minha própria vontade, que supervalorizo não importando a vontade de Deus muito menos a opinião da Igreja; outra doutrina religiosa que apareça oferecendo milagres e realização financeira ou amorosa; pode ser um bem material que torno tesouro intocável que rouba todo o meu tempo e atenção, etc.

Enfim, tudo o que nos aparta de alguma forma da presença de Deus e nos faz ser infiel a Sua Vontade, deve ser deixado de lado, ou ao menos posto no seu devido lugar como supérfulo e dispensável, ao que fica em segundo plano. Deus não fica irado a ponto de desejar exterminar o ser humano, mas deixa de nos oferecer a graça mediante nossos pecados. O que nos resta sempre é o arrependimento e a volta ao convívio de Deus.

O povo de Deus recebeu a mensagem de vida eterna, e não foram poucos os que ofereceram sua vida para que Deus falasse a este povo. Moisés foi o grande profeta que trouxe ao povo a libertação realizada por Deus, mas também quem orientou-os sobre a vontade de Deus para suas vidas a partir de então. Jesus declara que é justamente quem tanto falou-os da parte de Deus, quem é tido como o porta-voz de Deus, que mostrará a incoerência de cada um diante Dele na hora do juízo. Temos a palavra e o testemunho destes profetas e completando, temos o próprio Filho de Deus que nasceu, viveu, morreu e ressuscitou em nosso meio. Em realidade, todos estes do Antigo Testamento falavam sempre a respeito de Jesus, pois ao falar do Pai fala-se do Filho. O que nos falta para acreditar cegamente nas promessas de Deus e cumprir Sua Vontade?

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