São José, fundamental no plano da salvação

Nesta celebração vamos olhar com mais atenção para a pessoa de José como fundamental para o plano da salvação realizado por Deus. José não somente foi figura ao acaso na encarnação de Jesus, mas estava já de antemão escolhido por Deus para esta missão de esposo de Maria e pai putativo de Cristo.

“José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: ‘José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados’. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado” (Mt 1, 19-24a).

Como todos os casamentos da época, segundo os costumes, o casamento era algo muito sagrado e por isso a jovem Sao Jose com Menino e Lirios deverira manter-se virgem até o casamento. Uma falta gravíssima era que a moça não cumprisse esta norma, falta tão grave que poderia ser condenada ao apedrejamento, prática comum naquela na época de então. José conhecia muito bem esta norma da religião e da sociedade, por isso toma esta atitude de abandoná-la em segredo, para que Maria não venha a sofrer esta trágica sentença. Faz isso movido pelo amor que certamente alimentava por Maria, mas também por que seu senso de justiça e amor ao ser humano sempre prevalecerá frente a infortunios e contrariedades.

Não temos como negar que José era um homem bem formado humanamente, tinha equilibrio no trato com as pessoas e quando era preciso tomar decisões colocava seu próprio direito na balança junto com o bem dos outros. Isto fica bem visível ao resolver não prejudicar Maria, mesmo podendo imaginar que ela fora infiel ao seu amor e ao compromisso pré-confirmado, pensa, pesa e não deixa suas emoções decidirem comprometendo a verdade e a justiça. Esta virtude de José, de saber exercer a justiça em prol do bem de todos é fruto de sua humanidade bem formada e isto adquirida certamente com o convívio com Deus que alimentava em sua vida. A espiritualidade alimentada constantemente, com orações, leituras sobre assuntos de espiritualidade, conversas com algum sacerdote que pode o orientar espiritualmente, podem nos levar a esta virtude que em José é tão presente.

Isto nos leva a afirmar que José era um homem de verdade, ou seja, um varão que não se envergonhava de viver com Deus, exercendo sua vida de fé, sempre indo ao Templo e fazendo suas orações e oferendas nunca deixando que boatos ou comodismos que o pudessem afastar deste compromisso com seu Deus o fezesse agir diferente. Sua alma e espírito foram se formando nesta vida divina, de certa forma sentindo lampejos das alegrias do Céu. Uma alma com esta espiritualidade consegue receber do próprio Senhor a inspiração necessária para agir diante de ocasiões que nos pedem alguma atitude.

Recedendo o anjo do Senhor em sonho José, mostra um dom que somente se via nos patriarcas do Antigo Testamente (Gn 28, 10-20), por isso a Igreja o têm como o último dos patriarcas. O anjo lhe pede para não temer o fato de receber Maria como esposa, ou seja, não para que José não tenha receio de se casar com Maria, este filho que irá nascer não será motivo de condenação para ele nem para Maria, não haverá escândalo entre os familiares nem na sociedade, pois este filho foi concebido pelo poder do Espírito Santo. José esta inserido diretamente no plano da salvação, ele esta preparado humana e espiritualmente para acolher a Jesus, educá-lo e cuida-lo até o momento necessário. Por este motivo, não podemos dizer outra coisa a não ser que José era necessário no plano da encarnação do Verbo, sua presença se tornou fundamental para que o Filho de Deus viesse ao mundo e pudesse crescer sadiamente no meio dos homens para receber tudo que o ser humano senti e passa nesta vida para tonar a salvação plena.

…tu lhe darás o nome de Jesus…

A missão de José iniciava na encarnação de Cristo no seio da Virgem e se prolongava até o fim de sua vida. Logo ao nascer era incumbido de dar o nome ao Filho de Deus, o que era determinante para o povo judeu pois o nome dado ao filhoSao Jose Sonho sempre era escolhido por ter um forte significado e geralmente era de algum familiar antepassado. Imaginemos que deve ter sido um pouco estranho para os familiares de Maria e de José quando souberam do nome do menino, mas os dois bem sabiam que o próprio Deus havia escolhido o nome de Seu Filho.

José obedece fielmente ao mandato de Deus, coisa natural para quem tem a Deus como princípio do saber e por isso sempre O coloca acima de qualquer decisão.

Vemos o mundo sendo aos poucos dilacerado por várias catástrofes naturais, que provèm de uma natureza ou da natureza, do qual não podemos controlar ou prever com eficiência. Portanto, este se torna um assunto ad infinitum. Mas o que não é, ao menos até provarem o contrário, assunto “cíclico” é a tamanha e horrenda falta de maturidade na maioria dos seres humanos que crescem hoje em dia e acabam assumindo postos … [seja de] elevada importância [no] governo (direção) do povo, [ou como pais de família].

Neste [mês] surge como proposta de exemplo a imitar: São José, esposo de Maria, pai adotivo de Jesus Cristo.

A influência que este homem exerce sobre os que conhecem suas virtudes acaba por destronar a falta de “capacidade” para atitudes concretas na vida. A maturidade de José fez Deus Onipotente o escolher para ser tutor de Seu Filho, pois sabia da sabedoria provinda da vida madura deste homem. Madura não pela idade, ou pelo tempo de serviço na carpintaria, mas pelo caráter formado no temor de Deus.

(Infuência para a maturidade. Blog VALDERI, 18/03/2010)

Ele é tido por Deus com elevada dignidade, não somente por ter sido agraciado pela presença constante no seu dia a dia do próprio Deus encarnado, mas por ter sido homem dedicado a Deus, a família e ao trabalho. Assim, crescia em honra e dignidade diante de Deus e dos homens que o conheciam. Nossa vida é formada por estes três ambientes: a vida divina, a vida familiar e a vida de trabalho. Deus é a fonte de nossas virtudes, mas o caráter se consegue formar mais precisamente no convívio familiar e no trabalho, onde depositamos maior tempo de nosso dia a dia. É o que precisamos recuperar nestes tempos de pura desvalorização do trabalho feito com dignidade e desvalorização da família que parece não ter mais valor ou importância principalmente a esta geração moderna, que esta envenenada pelas instantâneas paixões que não oferecem limites nem felicidade perene.

Em São José encontramos o homem escolhido por Deus para ser o guardião do Cristo na terra, e também aquele que, com tantos méritos, agora tem força para interceder por nós junto de Jesus, que provavelmente mantem no céu o mesmo respeito que tinha na terra por seu pai adotivo. Podemos imaginar alguém, depois de Maria, mais propício para nos auxiliar com tão grande eficácia? Vários santos, inclusive Santa Teresa D’Avila afirmam que nunca deixaram de obter o que pediam quando recorriam a São José.

Diz o Papa Leão XIII, ao Bispo de Grenobla, em 3 de Julho de 1900: «Amemos, de todo o coração, o esposo da Santíssima Mãe de Deus e façamos tudo o que pudermos para que cada dia se inflame mais nos fiéis a veneração a S. José».

São José, caminhe conosco nesta vida às vezes sofrida e sem orientação para o que fazer ou que decisão tomar. Através de sua sabedoria junto a Sagrada Família nos indique sempre o melhor a fazer para nos prepararmos nesta via que trilhamos em vista na vida eterna junto de Ti e da Virgem Maria.

(Solenidade de São José. Blog VALDERI. 19/03/2012)

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