TERCEIRA ESTAÇÃO: Jesus cai pela primeira vez

Eram os nossos males que Ele suportava, e as nossas dores que tinha sobre Si. Mas nós víamos n’Ele um homem castigado, ferido por Deus e sujeito à humilhação. Ele foi trespassado por causa das nossas culpas, e esmagado devido às nossas faltas. O castigo que nos salva, caiu sobre Ele, e por causa das suas chagas é que fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada qual o seu caminho. E o Senhor fez cair sobre Ele as faltas de todos nós.
(Do livro do profeta Isaías 53, 4-6)

V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
R/. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum.

Na queda de Jesus sob o peso da cruz, é visível todo este seu itinerário: a sua voluntária humilhação para nos levantar do nosso orgulho. E ao mesmo tempo aparece a natureza do nosso orgulho: a soberba pela qual desejamos emancipar-nos de Deus sendo apenas nós mesmos, pela qual cremos que não temos necessidade do amor eterno, mas queremos organizar a nossa vida sozinhos.
(Via Sacra de 2005 por Cardeal Joseph Ratzinger)
A queda de Jesus sob o peso da cruz revela sua humanidade, ferida e com as forças exauridas pela humilhação e castigo no corpo suportado até o momento. A cruz e a queda: aqui se revela a fraqueza dos homens; carrega a cruz mas percebe que não és forte o suficiente para a levar até o fim. Em meio a esta vida repleta de orgulho e vaidade, onde os interesses sociais e pessoais são tão apelativos, a cruz é o melhor remédio para livrar-nos destes vícios que nos repelem de Deus e sua vida, a humilhação da cruz lava-nos do orgulho e quebra-nos a vaidade, caímos como homens velhos por causa destes pecados mas erguemo-nos com homens redimidos pela dor e o sofrimento compartilhado com Cristo.
Antes de nos determos nos aspectos mais profundos e interiores da paixão de Jesus, concentremo-nos na dor física que ele teve que suportar. Uma dor enorme e tremenda, até ao último suspiro na cruz, uma dor que provoca medo.
A dor física é a mais fácil de vencer, ou pelo menos de atenuar, com as nossas técnicas e métodos atuais, com anestesias e outras terapias da dor. Ainda assim, devido a muitas causas, naturais ou resultantes de comportamentos humanos, uma gigantesca massa de sofrimento físico permanece no mundo.
(Via sacra de 2010 por Cardeal Camillo Ruini)
O mundo sofre, e com ele sofre Cristo. Não se trata apenas do ser humano, mas da própria criação que geme e lamenta a triste usurpação que o homem faz de suas propriedades. O mundo e o ser humano sofrem e gemem como condenados a própria morte. Cristo caiu sob o peso da cruz que naquele momento era inmensurável visto sua debilidade física, mas a força do amor pelo ser humano é o que o faz levantar-se e seguir. Nossas quedas não podem nos deixar no chão. Sabemos de nossa fraqueza humana, mas nosso amor a Deus e ao irmão deve ser grande o suficiente para podermos levantar a cruz que pesa sobre nossa vida e assim voltar ao caminho.

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