A verdade é pressuposto imprescindível

"A verdade sobre o homem é um pressuposto imprescindível para alcançar a liberdade, porque nela descobrimos os fundamentos de uma ética com que todos se podem confrontar, e que contém formulações claras e precisas sobre a vida e a morte, os deveres e direitos, o matrimônio, a família e a sociedade, enfim sobre a dignidade inviolável do ser humano"
(Homilia de Bento XVI da Missa na Plaza de la Revolucion, Cuba)
O tema da verdade precisa ser mais esclarecido em nossos tempos, pois assistimos desolados tantas manifestações individuais e públicas, privadas e governamentais, que mostram a ignorância ou a má fé a respeito da honestidade com a busca da verdade e com aquilo que dela já se conhece.
O Santo Padre nos lembra pontos muito importantes. A verdade é pressuposto imprescindível para se alcançar a liberdade, pois a verdade é a realidade da existência humana, onde se exerce o que repousa em nossa natureza. De fato, o ser só consegue exercer a existência se encontrar uma direção certa, que encontre a resposta a seus anseios. Ela é pressuposto, quer dizer, algo que necessariamente esta antes de qualquer esforço que se faça para alcançar alguma coisa, neste cado a liberdade. Mas também é pressuposto para criar uma convicta estrutura ética onde exercemos nossa liberdade dirigidos por fundamentos comportamentais nascidos da verdade sobre o homem e Deus. Por isso, o Papa fala da imprescindível verdade sobre o homem, pois é desta realidade bem esclarecida que será desenvolvida em cada ser humano esta estrutura ética que lhe orientará a existência.
Neste tempo em que as “loucas cabeças” estão mais interessadas em fundamentar suas “verdades” para justificar com suposto fundamento científico suas teorias relativistas e nihilistas, é importante reafirmar que a verdade não muda e não se esconde da humanidade, pois a verdade esta gravada no coração humano, adormecida em alguns, sufocada e estrangulada em outros pelas maquinações interesseiras do mal existente no mundo e que infelizmente vitima muitos homens e mulheres. Estes transformam suas idéias fundadas na relatividade de suas opiniões, em slogans da suposta modernidade do século XXI, cativando todos que, frágeis em seus pensamentos e sem formação humana, espiritual e intelectual, acabam por propagar absurdas conjecturas que são propostas como opções de vivência para todos, na promessa de felicidade fácil, além de realização de seus interesses.
Neste cenário extremente lamentável e, porque não dizer, apocalíptico, encontramos algumas vítimas mais sofridas. A família é a que mais visivelmente esta sendo bombardeada pela quase inexistência desta clareza a respeito da verdade. Mas, em realidade, precisamos admitir que não somente muitos não compreender ou tentam compreender a imprescindibilidade da verdade, como também encontramos aqueles que jogam esta compreensão no lixo, se deixando comprar pela libertinagem da felicidade e realização sem ética e sem fundamento sólido, pois para isto eles necessitam de um comportamento que seja baseado na relatividade de suas teorias. Por isso, para que possam sobreviver tentam a todo custo, fazer a sociedade viver como eles, e o primeiro passo é desformatar aquela instituição que daria as bases da verdade, onde se inicia a fundamentação daquele comportamento ético que vai aos poucos criar formulações comportamentais, mas tendo, então, como pressuposto a verdade transmitida pela família.
Outra vítima é a religião, inegavelmente ansiosa por viver sempre na verdade, é por este motivo vista como inimiga mais perigosa para um “mundo sem uma verdade fundamental”, o que é o desejo daqueles que esperam construir uma sociedade permissivista, nihilista e liberal. A verdade que a fé traz incomoda muito mais porque é transmitida como pré-existente e imutável, mas além disso, a religião – especialmente o cristianismo – personifica esta verdade, Jesus Cristo. Ele é a Verdade que se fez homem, Ele não somente mostra o fundamento, como Ele mesmo é o fundamento de nossa existência e nisto esta incluso a liberdade humana, onde também fundamentamos a necessária ética que rege o comportamento e o pensamento, tudo em finalidade com a natureza humana e divina. Por isso, Cristo é a verdade, pois Nele se condensa tudo o que existe, o divino e o humano, Dele nada escapa.
A inviolabilidade da dignidade humana a muito tempo esta sendo esfarrapada por esta pseudo-liberdade que o permissivismo junto com o relativismo promovem. Temos uma dignidade que não se pode tocar, construida em nosso ser por força de nossa existência, algo que nem mesmo os anjos poderiam justificadamente tocar. Por conta disto, como deixamos homens como nós violar esta dignidade com tanta facilidade? Será que mesmo os que tentam fugir desta onda errônea e que pode levar a morte, não estariam calados demais vendo tantos irmãos perecerem? Acredito que precisamos suscitar todas as vozes disponíveis para não deixar a humanidade se trancar numa grande câmara de gás e inconscientes esperar a morte.
Unamos nossa voz a do Papa, e sejamos arautos da Verdade que traz ao homem a verdade sobre si mesmo.

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