A escola do sofrimento

A escola do sofrimento nos ensina a se conhecer e a amar
Na vida humana se experimenta muitos sentimentos que nascem de fatos ou acasiões e estes podem trazer diversas sequelas, boas ou más. Mas com muito certeza, de tudo o que se pode experimentar, o sofrimento é algo que surge para nos formar e nesta formação conhecer a nós mesmos e descobrir o amor que devemos dispensar aos outros.
Sofrimento Compreendo que pode ser difícil alguém ver no sofrimento uma escola, onde podemos nos conhecer melhor, mas isto é fruto do próprio sofrimento, ele naturalmente surge de modo tão intenso e abrupto que nos cega momentaneamente para ver o outro lado deste sentimento, enxergar nele um momento e não um estado. Um momento em que posso aprender sobre mim, onde percebo minhas limitações que não me deixam passar de determinados pontos, limitações que me fazem perceber que sou tão frágil como o resto da humanidade, que faz com que me veja semelhante àqueles que lançam mão de tudo para tentar viver, simplesmente viver. O sofrimento me faz conhecer de mim mesmo também a grande capacidade que tenho de sobreviver… capacidade de reagir diante do que pode parecer o fim de tudo, diante daquilo que pode parecer o fim de minha existência. Diante de determinado sofrimento, é fácil concluir que viver não vale mais a pena, que de nada adianta esforçar-se para viver retamente quando alguma doença ou pessoa consegue nos “inutilizar” interiormente, deixando o espírito aparentemente tão destroçado que parece não ser mais possível seu restabelecimento. Muitos chegam a pensar nisso, mas a estes digo que o problema esta não no sofrimento mas no sentido que dão a suas vidas, algo que é fundamental a toda pessoa. Ter clareza sobre o sentido que a vida tem para si. Este sentido da vida deve estar baseado não em si mesmo, mas deve ter seu fundamento fora de si, em algo superior a nós mesmos e depois encontrar o sentido para viver neste mundo nos outros (marido, esposa, filhos, mãe, pai, amigos…).
Nesta escola do sofrimento redescobrimos o amor e aprendemos a amar.
A dor inebria o interior, parece não deixar espaço para nenhum outro sentimento, mas isto é apenas ilusão causada pelo sofrimento do momento vivido. Mesmo na dor mais intensa, podemos amar e ter gestos de amor. Não posso deixar de lembrar do gesto mais amoroso que a humanidade conheceu em pleno sofrimento intenso, Jesus deixando Sua Mãe a nós na pessoa de João. Mesmo tendo Seu corpo transformado na própria dor, Nosso Senhor faz este imenso gesto de amor pela humanidade deixando-nos o que mais amava no mundo. Como dizer ainda que em meio ao sofrimento não há espaço para amar? Assim como Jesus temos esta capacidade, pois não haveria de ser um sentimento que tiraria, mesmo que por algum instante nossa vocação para o amor a Deus e aos outros.
Aprendemos a amar em meio ao sofrimento por muitas ocasiões, e são justamente aquelas que surgem no instante mais inesperado como a própria dor. Nestes momentos os pequenos gestos de amor que fazemos vão nos formando nesta escola, dando-nos a graduação necessária para viver conhecendo-se a si mesmo e amando a Deus e os homens e mulheres.

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