Festa de São Marcos, Evangelista

1Pd 5,5-14 Mc 16,15-20

A exigência da humildade

Nesta celebração festiva, lembramos de São Marcos, evangelista. Através de seu evangelho podemos conhecer mais de Cristo Nosso Senhor.

Marcos evangelista
Nesta carta de Pedro, escutamos conselhos que certamente faziam parte da vida de Marcos e que compartilhava com o próprio Pedro. Um deles é exatamente a exigência da humildade. De fato, para obtermos sucesso em nosso empenho por uma vida espiritual sólida na vontade Deus, que possa reger minha vida ordinária no trato com o mundo e com as pessoas, a atitude de humildade se faz extremamente necessária. Através desta atitude conseguimos nos colocar no mesmo nível de todos, onde não cedemos a tentação de nos sobrepor por cima dos outros, o que impede muitas relações humanas e às vezes até em família. Através deste conselho de Pedro, nos é chamado a atenção para esta exigente postura espiritual e humana. Nos colocar espiritualmente em estado de humildade perante Deus nos livra, por exemplo, de determinar a Ele o que seria bom que realizasse em minha vida, como que dizendo a Deus o que deve fazer. Ou também, tentando esconder algumas coisas de Deus, coisas que faço ou que acontecem em minha vida, como se estas não fossem de Seu interesse. Esta postura de humildade espiritual não se restringe somente no trato com Deus, mas também nos pensamentos e julgamentos que fazemos dos irmãos. Pensar com humildade dos outros é sempre tentar pensar com caridade, nunca ficar pensando nos defeitos dos outros como se naquela pessoa existisse somente defeitos. Esta postura humilde também pode ser exercida na dimensão humana. Em realidade, é nesta dimensão que ela mais se faz notar e também onde mais percebemos que pecamos quando não agimos com a humildade exigida, principalmente na relação com as pessoas que nos cercam, é através delas que exercito minha humildade e por onde possa nutri-la para que cresça sempre mais. No trato com os irmãos podemos mover a humildade a ser o grande campo onde florescerá as outras virtudes também necessárias para o cristão.

A sobriedade e a vigilância
Ainda Pedro nos diz: sede sóbrios e vigilantes... (1Pd 5,8a), esta vigilância também se faz necessária sempre que pensamos que o mal é um ser vivo, que nos rodeia e esta sempre a nos tentar. De fato, a tentação é a maior arma do demônio para nos atacar, pois é através dela – a tentação ao pecado – que ele consegue fazer com que o ser humano se afaste de Deus a medida em que este cai na tentação e peca. A vigilância não é o remédio para o pecado, mas é a precaução mais eficiente que podemos ter para tentar evitar ao máximo que a tentação nos leve a pecar. Contamos com a graça e o perdão de Deus para nos livrar da mancha do pecado, mas nosso esforço em evitá-lo esta principalmente na capacidade de vigilância que podemos exercer. Esta vigilância se da de modo mais eficiente evitando locais, ocasiões e até pessoas que sabemos que podem nos levar ao pecado.
Mas também em se tratando de vigilância a sobriedade é algo que auxilia muito aquela alma que deseja sempre estar longe do pecado e mais unida a Deus. Esta sobriedade se refere a muitas coisas, mas principalmente a comida, a bebida, as diversões e ao momentos de relaxamento. Tudo isto podemos fazer mas com sobriedade, ou seja, sem exageros que possam nos tirar daquele equilíbrio que normalmente teríamos quando sóbrios.

Jesus e Seu mandato
Todos estes conselhos de Pedro brotam da mensagem de Cristo, de tudo aquilo que ficou nas mãos dos apóstolos e discípulos para que fosse anunciado a todas as nações: ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! (Mc 16,15). Certamente Marcos sentia esta exigência das virtudes como também necessidade do esforço para fugir do pecado para viver em Deus, e é por conta disto, desta sua vida dedicada a Deus, que pode deixar-nos este evangelho da vida de Jesus. Marcos cumpri desta forma, o mandato de Cristo aos seus discípulos, de anunciar a todos os povos a Boa Nova trazida pelo Filho de Deus.
Estes propagadores do Evangelho são pessoas que se entregam totalmente a causa do anúncio da Boa Nova, por isso Deus os conserva, não permitindo que nenhum mal os faça parar este trabalho, igualmente os sinais que fala o evangelho serão manifestados para que as pessoas acreditem mais facilmente no testemunho que eles darão. Mais do que milagres, estes sinais que acompanhavam os discípulos significava que Deus realmente estava com eles, os acompanhava, isto não nos deixa pensar que Deus deu-os uma ordem e subiu ao céus e de lá somente assistia ao trabalho dos apóstolos e discípulos. Todos estes que saíram corajosamente a propagar o evangelho realmente eram acompanhados por Deus, que em certos momentos realizava sinais como milagres e curas.
Deus não deixou de acompanhar Sua Igreja, que é a sucessora destes apóstolos e discípulos que saíram a anunciar o Evangelho. Ele esta presente nas ações que a Igreja move na intenção de fazer com que as pessoas conheçam mais profundamente a Deus, e assim o amem verdadeiramente. Com o mesmo ímpeto de Marcos, a Igreja toda – todos os seus membros conscientes – procuram viver retamente o Evangelho para estarem constantemente assistidos por Deus no trabalho do anuncio do Evangelho a todos os que ainda não conhecem a Cristo, e no trabalho de evangelização onde Cristo é conhecido mas ainda não é verdadeiramente amado e adorado.

Esta festa que hoje celebramos é também manifestação de nossa alegria por Deus ter inspirado pessoas como Marcos para que registrasse todos os passos da vida de Jesus, deste modo guardou-se pelos séculos a memória imaculada de tudo o que Nosso Senhor fez e falou nos dias de sua vida terrena.

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