Terça-feira – At 7,51-8,1a Jo 6,30-35

III Semana do Tempo Pascal
Pe. Valderi
Nesta liturgia, ouvimos na primeira leitura que Estevão, homem cheio do Espírito Santo, expõe a realidade das atitudes daqueles do seu tempo, mostrando o que muitos tentavam esconder com hipócritas orações e atos de piedade. Suas atitudes não correspondiam a Lei e nem ao que orientava os profetas, aliás, por este motivo, Estevão os acusa de agirem da mesma forma que seus antepassados que perseguiram e mataram a muitos profetas enviados por Deus (cf. At 7,52). Esta atitude se repete com estes novos cristãos que receberam a missão de anunciar o evangelho, são perseguidos e mortos por falarem palavras de Deus que tentam orientar novamente o povo acomodado em suas próprias vontades, deixando os deleites e cobiças humanas regerem suas vidas. Esta atitude de Estevão é a que a Santa Igreja sempre teve, faz parte de sua missão, e por isso presenciamos no mundo tanta perseguição e acusação contra aquela que leva a mensagem de Deus e também denuncia com sua autoridade profética os erros e pecados que a humanidade tenta introduzir em sua vida.
Martirio de Estevao Protodiacono E qual foi o pecado dos que mataram a Estevão? Em realidade não se resumi a apenas um pecado, mas ali agiram a arrogância e a presunção em não ouvir e considerar as palavras de Estevão, mas também a ira proveniente de seus corações orgulhosos. Além disso, o julgamento fatal, decidindo sobre a vida de um ser humano, algo que os leva a atribuir-se uma categoria que somente Deus possui: decidir sobre a vida e a morte.
A morte de Estevão se assemelha a morte de Cristo, pela denúncia infundada (cf. At 6,11), pela ira inflamada naqueles homens que se incomodavam com suas palavras (cf. At 7,54) e a condenação injusta que o levou a morte (cf. At 7,58a). Todo mártir morre a semelhança de Cristo, pois é por Cristo, com Cristo e em Cristo (doxologia da Missa) que ele padece na mão de seus algozes.
O mau entendimento das palavras e ações de Deus causa a maioria da estranheza nas pessoas quando ouve com atenção as explicações de Jesus. Não foi Moisés que vos deu o pão que veio do céu. É meu pai que vos dá o verdadeiro pão do céu (Jo 6,32). É Jesus o pão do céu, Ele foi enviado por Deus Pai assim como o maná enviado ao povo no deserto para que aplacassem a fome, por isso, Jesus diz a multidão que quem deseja este pão que vem de Deus, que venha a Ele, assim não terão mais fome e nem sede, Ele é a fonte da vida e sacia todas as necessidades do ser humano.
Aquele que deseja saciar-se da vida divina, onde encontramos a esperança, o ânimo e a vontade para viver retamente neste mundo, enquanto esperamos a vida eterna, precisa correr ao encontro de Cristo e somente Nele buscar o que procura e Ele lhe dará o alimento que sacia o ser humano de toda a “fome”, que provoca tantas incertezas na vida. Ele é o alimento para a vida eterna, e o sustento para a vida neste mundo.

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