Quarta-feira - 1Pd 1,18-25 Mc 10,32-45

VIII Semana do Tempo Comum

Pe. Valderi da Silva

São Pedro, com a autoridade vinda do próprio Senhor, nos lembra que fomos salvos de uma vida sem valor, onde a riqueza e o poder regem o comportamento e a maneira de pensar, pelo Sangue de Jesus Cristo e não por estas coisas que outrora se acreditava ser a fonte da felicidade. Este lembrete de Pedro ainda em nossos tempos se torna muito oportuno em vista das inúmeras pessoas que simplesmente depositam na riqueza e fortuna a esperança de uma vida cômoda e feliz, sem dificuldades ou sofrimentos. Estes certamente terão a possibilidade de conquistar tudo o que o dinheiro pode oferecer, mas a felicidade que encontramos somente na Verdade nunca o dinheiro e o poder em si, poderão trazer a vida destas pessoas.
Verdade que não somente é garantia de felicidade e realização como também é purificação de nossas almas, isto a medida que somos obedientes a ela. O que vemos no mundo é justamente o contrário, uma tentativa de adequar a verdade ao apetites da vontade egoísta, que trabalha para que sua vida cômoda e prazerosa se transforme em 'verdade' para justificar seu modo de viver. Neste empenho muitos passam por cima de valores fundamentais para o bem comum como também o menosprezo por obedecer leis naturais ao ser humano. Toda carne é como erva, e toda glória como a flor da erva; secou-se a erva, cai a sua flor (1Pd 1,24), nestas palavras de Pedro esta a sentença que resume este vão empenho em transformar o modo de vida egoísta em verdade. Assim como fomos salvos não por coisas perecíveis – como o dinheiro e o poder – nossa vida não pode ser feliz e realizada fundamenta em coisas perecíveis, por isso buscar sempre e em primeiro lugar a verdade, isto é, Jesus Cristo.
João e Tiago, impulsionados pela fé no Mestre, solicitam a Cristo a honra de encontrar-se no Céu sentados ao lado de Jesus. Evidentemente que estes dois apóstolos ainda não compreender a dimensão de tal pedido, por isso Cristo os contesta se poderiam passar por tudo aquilo que Ele mesmo deveria passar. Mais tarde, eles sofreram o martírio, passaram pelo batismo de sangue destinado aos que morrem pela fé; mas estar ao lado direito e esquerdo de Cristo no Reino não depende de uma promessa de Jesus, pois é Deus, em sua Unidade que designa o estado em que se encontraram os que no Reino dos Céus entraram.
Este pedido dos apóstolos deixou meio agitado os demais, e Jesus percebendo isso os alerta para que não aconteça divisões por meio de intrigas e invejas ao exemplo de governos e povos que não procuram o bem de todos a ponto de se sacrificarem. Para que eu possa ver o bem do outro e não sentir inveja a ponto de procurar prejudicá-lo através de intrigas ou conversas mentirosas, é preciso ter a humildade daquele que sabe o valor do sacrifício. Pois é com esse valor que consigo sacrificar meu próprio bem e glória em favor do bem dos outros.
Jesus nos pede, quem quiser ser grande, seja vosso servo, assim como quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos (Mc 10,43-44), ou seja, aquele que serve a todos, trabalha em favor do bem dos outros. Isto porque o exemplo foi Ele mesmo quem nos deu, vindo ao mundo não para ser servido mas para servir e dar a sua vida.

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