Quinta-feira – At 18,1-8 Jo 16,16-20

VI Semana do Tempo Pascal

Pe. Valderi da Silva

O ministério de Paulo é incessante, não desanima no trabalho apostólico de anúncio do Evangelho. Mesmo sentindo a necessidade de fazer algum trabalho manual para garantir o sustento, sabe que sua tarefa principal é a evangelização dos povos.

Ele ainda se dedica ao contato com os judeus, nas sinagogas. A exemplo de seus irmãos na missão apostólica, ainda vê a necessidade de transmitir a este povo a quem Deus outrora escolhera como povo eleito, a revelação transmitida por Jesus Cristo. De fato, o povo judeu sempre foi alvo primeiro do anúncio do evangelho, isto por dois motivos – resumidamente:

    1. O povo judeu já têm em si a semente da fé no Deus único, e para eles não seria tão difícil aceitar o esclarecimento desta fé e também a complementariedade que o próprio Messias trouxe a respeito de Deus e do homem.

    2. E depois, para os cristãos é importante o valor que este povo possui como povo eleito da Antiga Aliança. Por este motivo, é preciso transmitir-lhes por primeiro a Boa Nova, como forma de justiça por aqueles que sempre – mal ou bem – preservaram a fé em Deus.

Paulo tenta, considerando estes motivos, pregar aos judeus mesmo compreendo que Jesus lhe transmitira uma missão que vai além do povo judaico. Este Apóstolo encontra resistência deste povo e motivado por estas “blasfêmias e resistência” resolve dedicar-se a conversão dos povos pagãos.

Nesta imagem bíblica de Paulo, tentando anunciar o Evangelho ao povo judeu na sinagoga, podemos ver a própria comunidade cristã que muitas vezes pode ser espelho desta reação dos judeus com Paulo. Talvez não blasfemando, mas oferecendo resistência as palavras que Cristo inspira a seus pregadores, oferecendo resistência ao próprio Deus que, através da escuta de Sua palavra e da pregação de Seus ministros, pode transmitir Sua graça.

No evangelho de hoje, Cristo faz menção de sua partida ao Pai e ao mesmo tempo antecipa aos discípulos que Sua ausência será motivo de tristeza para eles, mas que esta tristeza que eles sentiram, surgirá por algo que trará felicidade a toda a terra, pois, é pela Sua partida que ficarão tristes e pela mesma partida é que o mundo será invadido pelo Espírito Paráclito.

Sua forma física e visível estará ausente do convívio dos discípulos, mas Sua forma espiritual permanecerá para sempre e é esta que impulsionará a vida cristã, que fará os apóstolos e discípulos anunciarem o Evangelho e viverem como cristãos, ou seja, seguidores de Cristo.

Podemos dizer que hoje seguimos neste sentimento de “tristeza” pela partida de Jesus para junto do Pai, não que tenhamos O visto em Sua forma física e visível, mas pelo motivo de que este sentimento que os discípulos tiveram nos deve impulsionar a viver em Sua forma espiritual, isto é, viver com e através do Espírito Santo. Assim, vivendo como o Espírito nos inspira, transformamos a “tristeza” de não O ver e sentir, em alegria de viver com Deus.

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