Segunda-feira – At 14,5-18 Jo 14,21-26

V Semana do Tempo Pascal

Pe. Valderi da Silva

A luta do evangelho em destituir a idolatria a deuses inexistentes nos povos pagãos é enfrentada por Paulo e Barnabé. Talvez esta fosse a primeira barreira dogmática que os apóstolos enfrentariam em todos os ambientes politeístas, pois a adoração dos deuses era fortemente marcada pelo medo e a retribuição, de certa forma estes dois sentimentos não são tão facilmente controlados pelo ser humano, e pior ainda àqueles que sempre foram formados desta forma. Paulo e Barnabe pregando aos pagaos

A idolatria é o pecado que mais provoca a ira de Deus, visto que é uma caricatura do louvor que o ser humano deveria Lhe prestar. Por isso, a idolatria ainda hoje é algo que precisa sempre ser recordado como pecado grave aos olhos de Deus, pois não somente o destrona mas coloca em Seu lugar uma farsa que inevitavelmente levará o homem a morrer incompleto, ou seja, sem Deus em sua vida. Hoje certamente, não se acredita em deuses como os gregos, por exemplo, mas muitos atribuem aquelas mesmas características da adoração aos deuses antigos a coisas e pessoas da modernidade. Falo do medo e da retribuição, que hoje tomam as formas de “precaução” e retribuição, onde se busca, através de manifestações exageradas a “ídolos” e governantes, uma prevenção contra infortúnios ou busca de privilégios para uma vida cômoda. Além disso, uma retribuição a qualquer custo fundamentando-se em um falso bem estar familiar.

Paulo e Barnabé tiveram a chance de ser idolatrados, mas isto feriria a missão lhes confiada e cometeriam pecado grave diante de Deus.

Mediante esta atitude dos apóstolos temos a clara visão de que a fortaleza diante de qualquer tentação como a idolatria é a verdadeira “retribuição” pela fidelidade a Deus.

Nos apóstolos encontramos a resposta para a pergunta que Judas fez a Jesus: Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo? (Jo 14,22). É justamente através deles que Jesus se manifestará ao mundo, logo após terem recebido o Espírito Santo Paráclito. Nestes homens, Cristo levará a todos os povos a verdade que gera a vida e faz o homem vencer a morte. É também através dos apóstolos que se manifestará o amor de Deus pelo mundo, de modo especial mostrando aos homens que o verdadeiro amor os uni a Deus, e que Deus deste modo, permanece neles através do amor. Do mesmo modo que aquele que o ama ouvi a Palavra de Deus, pregada pelos apóstolos, e obedece esta mesma Vontade Divina.

Comentários

Max disse…
Pe. boa tarde, tenho uma dúvida, dia 01 de maio de 2012 fui convidado a assistir uma Missa, sendo dia de São José houve um momento em que o Pe. se ajoelhou perante a imagem de São José e solicitou que toda igreja assim o fizesse. Pois bem, não é mesma coisa? Se fosse dia de São Paulo ele também não nos recriminaria? Isso não foi idolatria? Mais uma vez boa tarde.
VALDERI SILVA disse…
Caríssimo Max.
Agradeço a pergunta. Estas certo em sentir-se desconfortável perante a atitude de "ajoelhar" diante de uma imagem. Mas nem sempre isso significa idolatria, nestes termos em que escrevi acima, baseado no discurso de São Paulo.
Este reverendo padre, deve ter sido motivado pela sua devoção a São José, algo que gostaria (talvez) que a comunidade, presente na Santa Missa, também compartilhasse, tendo em vista a grande reverência que a Santa Igreja presta ao Esposo Castíssimo de Maria.
"Isso não foi idolatria?" Não. Principalmente se pensarmos que a tamanha devoção dos fiéis pode chegar ao grau de veneração consciente da grande honra que tal Santo possui. Assim, lembre que os pastores em Fátima se ajoelharam diante de Nossa Senhora, e Ela não os recriminou por isso.
A idolatria esta principalmente ligada com a intenção do indivíduo, e não somente com os gestos.
Abraços, Pe. Valderi

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