Terça-feira – 1Pd 1,10-16 Mc 1028-31

VIII Semana do Tempo Comum

Pe. Valderi da Silva

A santidade também era possível aos hebreus do Antigo Testamento, por isso Deus suscitava inúmeros profetas para orientar o povo, tirando-os do caminho torto e reconduzindo-os ao caminho reto por onde trilham os que conseguem alcançar a santidade. Diz Pedro que os profetas receberam a revelação de que não era para si que estavam ministrando a revelação de Deus, mas para o povo justamente porque era o povo o necessitado de saber qual é a vontade de Deus, vontade esta que nos pede a perfeição na vida para se colocar em estado de dignidade diante de Deus podendo desta forma ingressar no Reino dos Céus. Esta perfeição é possível mediante a obediência desta vontade divina, expressa de forma mais clara nos mandamentos deixados por Deus pelas mãos dos profetas. Para os hebreus a santidade passa por esta obediência a vontade de Deus.
Ainda em Pedro escutamos as recentes palavras aos cristãos: sede sóbrios e colocai toda a vossa esperança na graça que vos será oferecida na revelação de Jesus Cristo (1Pd 1,13). Isto em vista da definitiva revelação da vontade de Deus ao mundo na pessoa de Seu Filho. Agora não somente obedecemos os mandamentos de Deus, outrora entregues ao povo hebreu, mas obedecemos e seguimos ao Cristo Jesus, meio eficiente de alcançar a santidade necessária para estar junto de Deus em sua eternidade. Ser santo porque Deus é santo é uma exigência para a morada no Reino dos Céus, pois como poderia habitar junto daquele que é perfeito alguém imperfeito?!Jesus com Jovem conversando
Isto é o que nos revela Cristo neste evangelho. Aquele que deixa tudo o que possui – casa, mordomias, propriedades e a própria família – por motivo de seguir a Jesus Cristo terá em recompensa algo muitas vezes mais valioso que tudo isso, não poderia ser outra coisa senão a eternidade junto de Deus, pois aquele que deixa tudo e segue livremente o Mestre não pode ser movido por outra coisa senão o desejo de santidade.
Abandonar tudo para seguir a Jesus deve ser entendido em realmente deixar para outros tudo, não se fazer mais preso a nada como proprietário ou administrador. Em relação a família, se precisa entender que aquele que ouve o chamado de Jesus, deixa sua família para segui-Lo, mas não os abandona, continua a amá-los como antes e até melhor, se afasta para ir aonde o Mestre o chama, mas a distância não o impede de continuar unido no amor a seus familiares. Diferente de outras coisas que são necessárias que sejam abandonadas, pois o apego a elas são impedimentos para a santidade e o seguimento de Cristo, como aquele jovem rico que não foi capaz de vender tudo o que tinha para seguir Jesus (cf. Mc 10,21-22).

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