Quinta-feira – 2Rs 24,8-17 Mt 7,21-29

XII Semana do Tempo Comum
Valderi da Silva
Acompanhamos o relato da deportação sofrida pelas autoridades de Jerusalém, Joaquim, sua mãe e seus servos mais próximos. Esta deportação forçada foi realizada pelo rei da Babilônia Nabucodonosor e seu exército, mas ele foi o culpado desta deportação em massa?Nabucodonosor
A Sagrada Escritura ao nos relatar estes fatos que se poderia dizer corriqueiros num mundo de reinos e seus reis, onde a ganância por mais poder e território sempre esteve presente, nos deseja mostrar o real motivo que leva a desolação do povo e de seus governantes. O inimigo que os aflige com a guerra e a deportação forçada de suas terras não é o primeiro culpado pela desgraça, na verdade é um “instrumento” da consequência e um instrumento de Deus e sua justiça. O que mais claramente a Escritura nos quer indicar é que a indiferença a Deus, a seu amor, a seus mandamentos, não fica sem graves consequências, coisas desagradáveis e terríveis que podem acontecer ainda neste mundo. Deus não é castigador, não é um Deus cruel, mas não impede que soframos as consequências pela grave ofensa que por vezes causamos a Ele.
É Deus quem nos sustenta e nos reveste de uma armadura contra as investidas do inimigo, esta armadura somente pode ser quebrada ou desfeita com o pecado, quando o ser humano opta livre e conscientemente pelo mal desfazendo-se do bem que vêm de Deus. Foi exatamente o que fez o rei Joaquim e sua corte, ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito (2Rs 24,9). Então o que lhe aconteceu pelas mãos de Nabucodonosor e seu exército não fora menos do que frutos amargos de seus atos irresponsáveis diante da Lei de Deus.
Continuando a mensagem desta leitura do Livro dos Reis, Jesus neste evangelho nos apresenta uma clara admoestação sobre onde o ser humano deve colocar seu esforço para ter uma vida sólida e protegida contra o mal. Em realidade, não basta apenas se apresentar para o culto no templo, nem inscrever seu nome nas listas de cristãos temente a Deus, é necessário fundamentar toda a sua vida nas palavras do Senhor e isto significa excluir aqueles valores e princípios egoístas que nascem da própria conveniência humana para fazer valer mais o que nos vêm da parte de Deus.
Uma vida fundamentada em Deus é como o homem prudente que constrói a sua casa sobre um terreno bem firme, rochoso, onde não há perigo de desmoronamento. A vida humana necessita de princípios e valores sólidos e claros, que, apesar de apresentarem algum trabalho para os fazer valer, são verdadeiras colunas que sustentam o caráter e o espírito diante das várias etapas da vida. Aquele que ouve a palavra do Senhor e a põe em prática, esta caminhando na construção desta vida solidificada livrando-se do perigo das intempéries. Do contrário aquele que não procura no Senhor o fundamento para sua vida é aquele que inevitavelmente sofrerá muitos abalos durante sua existência sobre esta terra.
Igualmente podemos usar este sentido das palavras de Cristo para a família, que, ao ser um conjunto de pessoas unidas pelo mesmo laço afetivo, necessitam unir-se também nesta tarefa de buscar pela construção de sua “casa familiar” nas palavras do Senhor, encontrando nos variados exemplos que a Sagrada Escritura apresenta modelos da importância de ouvir e atender a voz de Deus. Somente com este atento olhar para Cristo e para a Sagrada Escritura é que construiremos uma humanidade nova, que dá mais valor a vida e a felicidade.






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