Terça-feira – 2Rs 19,9b-11.14-21.31-36 Mt 7,6.12-14

XII Semana do Tempo Comum

Pe. Valderi da Silva

Ezequias percebe a grande ameaça que rodeia seu povo, sabe que o inimigo que o cerca é devastador e que já infligiu grande derrota a outros povos. Percebe que estes assírios, sob o comando de Senaquerib, destituíram não somente os povos mas também seus falsos ídolos provando que não eram deuses verdadeiros. O povo poderia imaginar que Senaquerib e seu exercito seriam um flagelo de Deus, mandado justamente para castigá-los pelos pecados principalmente pela infidelidade a Deus tantas vezes cometida no meio do povo. É por este motivo que Ezequias, em sua oração a Deus, lhe diz que estes assírios conseguiram suas vitórias sobre os outros povos por eles estarem se colocando nas mãos de deuses falsos, que nunca poderiam lhe trazer uma vitória diante de inimigo tão poderoso.Caminho estreito

Esta oração de Ezequias é a expressão da confiança em Deus e que este Deus é o verdadeiro e por isso é capaz de não deixar prevalecer o inimigo diante do povo que confia em Deus. Imagem nítida deste povo crente e confiante em Deus que reconhece seus pecados mas nunca deixa de reconhecer que somente Ele têm o poder e a força. O cristão deve enxergar em Deus a torre forte, a fortaleza indestrutível que nunca é abalada pelas investidas do inimigo, por isso, a confiança em Deus deve ser um pilar de sustentação da alma cristã. Ter a certeza de que nosso inimigo pode parecer mais forte do que nós, de que muitas vezes nos vemos fracos e pequenos diante do pecado e da tentação ao pecado, mas que é esta torre forte que nos dá a força necessária para vencer as inúmeras batalhas que durante a vida teremos.

Diante de uma oração sinceramente confiante em sua proteção e em seu amor, Deus atende o apelo e mostra que a confiança em Seu poder não será decepcionada jamais. Em nossa vida é Ele que vence as batalhas contra o mal que nos rodeia, é Ele que envia seus anjos para defender-nos e expulsar para longe o inimigo que ameaçava a vida na graça daqueles que Nele depositam sua confiança.

Neste evangelho que hoje a liturgia nos apresenta, encontramos duas considerações de Jesus muito valiosas para nossa vida cristã: aprender a reconhecer e dar o valor que as coisas santas possuem e aprender e reconhecer que o caminho que nos leva a santidade e ao Reino dos céus é estreito, difícil, não é fácil como o que leva a perdição eterna.

O cristão aprende desde de criança que Deus esta em todos os ambientes, mas que se faz mais sensível naqueles coisas destinadas a mostrar claramente sua presença. É assim que falamos de coisas santas, pois elas podem ser nossos valores, nossa postura, nossa piedade, nossa oração, além dos objetos que devotamente usamos e que nos lembram da vocação à santidade que todos temos. Aprender que estas coisas são o que mais eficazmente pode assegurar-me no caminho da santidade. Quando deixo de reconhecer estas coisas que me levam a Deus deixo de valorizá-las e por isso se torna mais fácil tomar o “caminho mais fácil”, isto é, o caminho que não leva a Deus, mas ao afastamento deste eternamente.

Por isso, Jesus segue falando de como é fácil para alguém entrar na porta errada, ou seja, da perdição, por que justamente ela é larga e espaçosa enquanto que o caminho verdadeiro, que leva a alma para a felicidade eterna é difícil e apertado, pois este caminho é constituído de muitas batalhas a serem vencidas, ao longo dele encontramos muitos “inimigos” que desejam ver nossa perdição. Tudo que passamos em dificuldades e sofrimentos podem ser considerados parte destes empecilhos do caminho reto, às vezes podemos nos encontrar diante de situações semelhantes a de Ezequias, diante algo poderoso que facilmente pode nos destruir. Nestes casos é mais que necessária a confiança em Deus e o socorro Dele. Mas também estes empecilhos no caminho que leva a porta estreita esta, muitas vezes, em nós mesmos, em nossos vícios, distúrbios morais, má compreensões da caridade e da justiça e também má compreensão da fé e de Deus. Com Jesus, somos exortados a crescer na confiança em Deus, mas também no reconhecimento das coisas que realmente têm valor, coisas que nos auxiliam neste caminho acidentado mas reto, que nos leva a comunhão eterna com Ele.

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