A beleza da esposa

Esposa, submetei-vos aos vossos maridos… o vosso adorno não consista em coisas externas, tais como cabelos trançados, joias de ouro, vestidos luxuosos, mas na personalidade que se esconde no vosso coração, marcada pela estabilidade de um espírito suave e sereno, coisa preciosa diante de Deus. (1Pd 3,1a.3-4)

Mulher decente

Primeiramente, antes de escrever sobre a sentença esposa, submetei-vos aos vossos maridos, desejo começar pelo restante destacado da carta de São Pedro.

Querendo me referir exclusivamente as mulheres, não pretendo excluir que estas verdades contidas nas palavras do apóstolo São Pedro sejam dispensadas pelos homens, mas antes até indiretamente estejam eles incluídos nestas recomendações do apóstolo.

Qual é a beleza de uma mulher? Onde a encontramos? Estas e outras perguntas é importante que sejam feitas logo ao pensarmos na mulher como gênero indispensável para o crescimento e desenvolvimento da humanidade. A beleza de uma mulher não se resume a pontos de sua existência e logo quero descartar a discussão sobre se é lícito considerar uma mulher bela por sua aparência externa. Tudo isso é fútil além de mostra clara da irracionalidade da beleza nesta sociedade onde não se valoriza a mulher mas o seu corpo, sua forma estética exterior, cada ponto de sua existência corporal. Um vulgarismo que as submete, deixando-as aparentemente sem escolha diante da pressão sofrida. É preciso ter em conta que nem todas as mulheres aceitam esta escravidão materialista e luxuriosa que as valoriza somente enquanto geradoras de lucro. Também é preciso dizer que mesmo tendo a consciência da imoralidade e do próprio desvalor, muitas mulheres que se dizem sem escolha, na verdade estão se refugiando numa desculpa, na esperança de que será amenizada sua pena pelos pecados oriundos desta distorção da mulher.

Perguntamo-nos qual a beleza da mulher, pois esta beleza esta em seu espírito feminino, próprio de sua natureza humana criada por Deus. Quando o apóstolo Pedro fala às esposas para que não se adornem, revelando a desnecessária utilização de enfeites, esta no fundo descrevendo a beleza da mulher. Ela é interiormente bela, mesmo que não perceba. Sua beleza esta ali, dentro de si, silenciosa, meiga e sutil como uma brisa. No entanto esta beleza não aparece por si, ela necessita que a mulher não a obstrua a passagem, que não se ponha obstáculos impedindo o homem de a enxergar. Os muitos enfeites e adornos podem revelar alguém que não percebe esta beleza interior e assim não permite que os outros a veja.

Pode se achar bela uma mulher maquiada e enfeitada, mas esta beleza é efêmera e passageira, pois logo que chega em casa se desfaz de todos estes adornos, restando somente o que não se deu valor, sua interioridade, verdadeira beleza da mulher.

Especialmente para as esposas é que Pedro fala, instruindo claramente na verdadeira postura feminina diante de sua família. É justamente uma personalidade bem formada, que é capaz de equilíbrio sereno diante das mais variadas situações que a vida apresenta. Esta personalidade, ou este “sinal pessoal” que cada pessoa têm inimitável, precisa de uma formação para que cresça e mostre toda a sua beleza, assim como uma rosa precisa de sol e água para poder desabrochar e brindar a todos com o esplendor de seu interior. É nesta personalidade bem orientada que se mostrará a verdadeira beleza da mulher. Mas quem orienta a personalidade feminina? Assim como a de todos, é Deus quem nos faz mostrar o mais belo de nossa natureza.

O que é precioso diante de Deus será também valorizado pelos homens que realizam o mesmo esforço de dar valor ao que realmente têm valor, assim, não instrumentalizando as pessoas, mas olhando para seu interior a busca da beleza de cada um que reflete a beleza de Deus.

Preciso escrever algo sobre estas palavras de Pedro: Esposa, submetei-vos aos vossos maridos. Primeiramente precisamos conscientizar no tempo em que Pedro escreve. Se trata de um período da história em que a mulher não tinha muita participação na sociedade, ou seja, não se pronunciava nas reuniões e assembleias. Mesmo entre os cristãos dos primeiros anos se acredita que não havia ainda esta presença da mulher, apesar de que, na história, o cristianismo dará passos fundamentais para a conscientização da sociedade a respeito da mulher. Portanto, a esposa também era vista como a responsável pelo lar e o cuidado com os filhos. É errado pensar que somente a mulher era responsável pela educação dos filhos, pois olhando para Jesus, em sua infância seu pai putativo, São José, sempre esteve presente em sua educação e o formando inclusive para o trabalho. É neste tempo em que Pedro escreve esta sentença, dizendo claramente que as esposas sejam respeitosas e obedientes para com seus maridos, pois se julgava ser o marido portador da justiça, virtude sempre ligada ao varão.

É neste sentido que devemos analisar esta frase. Hoje certamente a figura da mulher na sociedade teve sua evolução, um pouco distorcida em alguns pontos, mas em geral uma evolução salutar, pois a colocou ao lado do homem, como Deus os criou (cf. Gn 2,18.21-24), tirando aquela imagem de submissa por ser inferior. Então estas palavras de Pedro não têm validade? Evidentemente que sim, ainda dura sua validade, pois o que diz é uma verdade humana, não social. A mulher seja submissa ao marido, pressupõe que o marido seja portador da virtude da justiça e da fortaleza, assim como transmita plena confiança a sua esposa. Assim, a esposa não têm motivos para não respeitar e obedecer seu marido, pois, assim como ela é imagem do amor e da ternura de Deus, ele é imagem da justiça e da misercórdia.

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