São Bartolomeu, apóstolo

Ap 21,9b-14 Jo 1,45-51

Pe. Valderi da Silva

Hoje celebramos a festa do apóstolo são Bartolomeu. O evangelista São João relata seu primeiro encontro com o Senhor com tanta vivacidade que resulta fácil incluir-nos na cena, por isso, podemos fazer este esforço agora juntamente com Filipe, neste encontro inesperado mas profundamente tocante.

Jesus esta se dirigindo para a Galileia (cf. Jo 1,43) e no caminho encontra um jovem chamado Filipe e de modo rápido mas profundamente verdadeiro, diz a este jovem: “Segue-me” (Jo 1,43). É a irresistível chamada de Cristo, aquele que deixa Cristo olhar nos seus olhos e ouve o que Ele têm a dizer dificilmente deixa de atendê-lo, por isso, o evangelista nem se da ao luxo de deixar registrado algum diálogo ou se Filipe seguiu imediatamente Jesus ou o fez depois, apenas se limita a dizer que o fez.

Logo em seguida, após reconhecer em Jesus aquele a quem procurava, Filipe vai procurar Natanael – que têm por nome Bartolomeu, mas nos evangelhos é chamado de Natanael (“Deus deu”) – para lhe trazer esta boa nova. De modo muito tímido e até inconsciente, estes futuros apóstolos já começam sua missão de levar as pessoas ao encontro de Cristo. Se torna claro que a postura inicial de Natanael é justamente a mesma postura daqueles relutantes em se aproximar do Cristo somente porque ouvem falar dele. Neste momento podemos perceber que se afirma mais categoricamente o encontro pessoal com Cristo para que haja este verdadeiro conhecimento de Sua pessoa, e mais ainda, para que se possa verdadeiramente o reconhecer como Senhor. Na missão apostólica da Igreja, esta necessidade evangélica sempre se fez presente em sua atividade pastoral e é o que sempre se tenta transmitir a todos aqueles que sentem este chamado de servir ao Senhor. Todos os cristãos, devem sentir este apelo forte que nasce do Evangelho e das próprias figuras dos apóstolos, pois se lembrarmos de como cada um foi chamado por Jesus, encontraremos esta necessidade do encontro pessoal com Ele, para que nasça a confissão de Sua divindade.

Por meio deste encontro de Natanael com o Senhor, podemos, então, perceber a necessidade de uma atitude concreta de encontro com Deus para que se faça sólida a pregação recebida. Para muitos será necessário, além de ouvir sobre Jesus e recitar orações, um ir até a pessoa de Cristo para que se possa vê-lo, e neste contato íntimo ouvir de Sua própria boca que sempre esteve a nos olhar, mas que esperava ansioso este encontro. Este encontro pode acontecer de modo diverso, para alguns será exercendo a caridade para com os demais como alguém que dedica-se exclusivamente a esta tarefa; a outros será através de uma profunda meditação sobre a vida de Cristo através dos Evangelhos, enfim, de modo diverso, cada pessoa têm esta oportunidade de encontrar-se intimamente com o Senhor e assim, escutá-Lo mais facilmente e ter a certeza que segue o Filho de Deus.

Natanael, tendo encontrado a Jesus pessoalmente, não resistiu as palavras Dele e o reconheceu imediatamente como Filho de Deus, Rei de Israel (cf. Jo 1,49). É a confissão que nasce após ter encontrado o Cristo, a alma exulta, pois finalmente encontrou a verdade para todas as perguntas que interiormente surge em nossas vidas.

Olhando para este encontro de Natanael com Cristo, e desejosos de sempre ter este encontro pessoal com Ele, nos dediquemos sempre mais a nossa vida cristã, pois é nela que teremos mais facilmente a oportunidade deste encontro pessoal com o Senhor.

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