Terça-feira – Ap 3,1-6.14-22 Lc 19,1-10

XXXIII Semana do Tempo Comum

Pe. Valderi da Silva

Estando próximo o fim de mais um ano litúrgico, a Igreja nos apresenta nesta liturgia leituras que nos levam a pensar precisamente na realidade vindoura, após passar esta vida terrena. É por este motivo que no dia de hoje ouvimos esta leitura do Livro do Apocalipse de São João. Em realidade existem muitos destaques dignos de menção nesta leitura, mas acredito que num esforço para abstrair o mais simples podemos olhar para o que esta visão de João nos quer dizer a respeito de nossa esperança no Senhor.

O que não podemos menosprezar de toda a mensagem revelada é o fato de que Deus esta sempre a nos buscar e pede a cada manifestação que o reconheçamos assim como a necessária conversão, e por este motivo ouvimos este versículo da leitura: “eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Ap 3,20). É o que precisamos ouvir para tomar duas atitudes fundamentais: primeiramente, ouvir a voz de Deus, se emudecer para o mundo e seus turbilhões de fantasias e vaidades, deixar de prestar mais atenção ao que é pura invenção humana, pois somente deste modo se pode ouvir a voz Daquele que chama a porta do meu coração. Ouvir é bem mais que uma atitude passiva, significa entender quem é que chama, é uma atitude não meramente sentimental, mas que une a razão é a fé, enfim, a totalidade do ser humano. Uma segunda atitude é a de abrir-se àquele que foi ouvido por nós, que se expressa neste “abrir a porta”. É deixar que Deus se instale definitivamente em nós, e isso significa que nossa totalidade – assim como o ouviu – vai ser acompanhado por Ele, pois Ele irá compartilhar de nossa vida, de cada atitude que expresse meu viver no mundo. É desta forma que também respondemos as exortações que faz o Apocalipse quanto a urgente conversão de vida.

O evangelho de hoje nos apresenta em consonância com a mensagem do livro do Apocalipse, o episódio de Zaqueu (Lc 19,1-10). Ao mostrar-se curioso para ver o Senhor que passava, Zaqueu acaba por mostrar que o ser humano naturalmente tende a responder ao chamado de Deus, sua primeira intenção talvez fosse apenas de curiosidade a respeito de Jesus, mas ela o levou a abrir a porta de sua casa – e com ela de sua alma – ao seu Salvador.

Zaqueu pode ser considerado um exemplar não raro daquele ser humano ainda resistente a dizer publicamente ser seguidor de Cristo, mas que no íntimo conserva uma atração por Deus, que pode ser traduzida por outros nomes como a curiosidade. O que difere Zaqueu daquela pessoa que nunca se resolve e fica em cima do muro (cf. Ap 3,15), é que ele prontamente recebeu a Jesus em sua casa, ou seja, não somente O ouviu “bater a porta”, mas abriu-a para que Deus entrasse e convertesse seu coração.

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