Quarta-feira – Is 25,6-10a Mt 15,29-37

I Semana do Advento

Pe. Valderi da Silva

Neste evangelho de Mateus, escutamos o evangelista nos narrando duas cenas, a cura de muitas pessoas e a multiplicação de pães e peixes. Apesar de estarem unidas num harmonioso sentido, mostram duas realidades da vida nova, junto de Deus na eternidade: a libertação da fragilidade humana, expressa pelas doenças e todo tipo de males; e a saciedade que se terá junto de Deus, algo que nunca tem fim, um alimento eterno.

Nossa natureza humana é marcada por esta fragilidade em relação aos males do corpo, pois muitas vezes acabamos sofrendo com doenças ou presenciamos muitos irmãos nossos sofrendo por este motivo. Como este tempo do advento sempre nos remete a pensar na vinda de Nosso Senhor, devemos pensar em como ficará esta situação quando estivermos junto de Deus. Em realidade, junto Dele, quando enfim, nossa vida presente terminar e nascermos para uma vida nova, não estaremos mais a mercê de nossas fraquezas corporais de agora, pois estaremos jundo Daquele que é a cura, que nos dá a saúde, onde os males não mais afetaram nosso corpo. A exemplo de como curou vários coxos, aleijados, cegos e mudos (cf. Mt 15,30), a presença Dele será motivo de permanente saúde perfeita. Também podemos tirar desta cena que, o estar longe Dele é motivo do favorecimento de muitos males a nós, ou seja, quanto mais longe estiver Dele, mais suscetível estarei aos males, seja do corpo ou do espírito. É com Sua presença é que podemos contar com a cura das enfermidades que nos afetam ou podem afetar.

Nos versículos da multiplicação dos pães e peixes, Jesus sacia a fome daqueles que estavam ali por causa Dele. Era uma multidão que O seguia, faziam isso por vários motivos, mas todos se resumem pelo fato de querem estar com Jesus. Isto faz parte de nossa esperança em Deus, que nunca deixará desamparado aqueles que O seguem, que deixam suas vidas, para estarem com Ele. Este dizer no evangelho que Jesus teve compaixão (cf. Mt 15,32), talvez nos mostre o quanto que Deus se importa e esta atento ao que se passa na vida de seus filhos.

Matar a fome destes que estavam ali, junto de Jesus, não apenas significa que Deus deseja que tenhamos esta atitude afim de acabar com a fome sobre a terra, pois certamente Jesus tinha certeza que aqueles dentre a multidão que não tivessem como se alimentar após sair dali, teriam a mesma dificuldade para comer, ou seja, não seria aquele momento que acabaria com a situação de fome de quem não têm como se alimentar. Esta cena é muito mais significativa que isso. Quer nos mostrar que somente Deus pode nos dar o alimento eterno, aquele que não se acaba, que não diminui, pois sua essência é o próprio Deus e sua força é a partilha entre todos os que necessitam. Nunca haverá fome nem sede junto de Deus, pois ele é a fonte do alimento que sacia o ser humano.

Tentando visualizar a vida eterna, percebemos duas de suas características junto de Deus: a saúde perfeita, no corpo e na alma; e o fim da necessidade de alimento para se sustentar, pois Deus mesmo é o alimento eterno que nos sustenta.

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