Sexta-feira – Is 48,17-19 Mt 11,16-19

II Semana do Advento

Pe. Valderi da Silva

Estas palavras de Nosso Senhor são como um desabafo a respeito de esforço realizado por Ele desde antes mesmo de vir ao mundo, esforço passado pela vida dos profetas do Antigo Testamento, e antes de Jesus, por João Batista.

Nosso Senhor fala da geração de Sua época, porque dirige-se a eles, mas neles estamos nós, enquanto que também sucumbimos ao menosprezo da Vontade de Deus que nos pede muito mais do que pensamos estar fazendo. De fato, Deus nos pede não menos que a santidade, que o menosprezo do pecado, de tudo que nos macula numa vida de graça que precisamos levar. Diante de Deus e de Sua vontade, muitas vezes agimos como estes colegas das crianças que Jesus fala em seu exemplo, Deus fala, canta e lamenta, mas nós somos indiferentes a Ele e suas manifestações. Necessitamos mudar esta situação, necessitamos perceber que o repúdio do mundo e suas coisas, o repúdio do pecado e a valentia diante das tentações é o que nos vai fazer mais atentos a Deus. Somente ouvidos limpos pela graça de Deus O conseguem ouvir direito. Somente uma mente retamente orientada por Sua graça O consegue obedecer piamente. Somente um coração banhado por Sua graça O consegue amar sem medidas.

Este capacidade de ouvir a Deus nos permite compreender muito melhor nossa vocação e como não ser afetados pelo mal a ponto de não cumprirmos os conselhos evangélicos. Quem ouve a Deus perfeitamente, sem o menosprezo, consegue agir “naturalmente” com a caridade que Cristo nos ensinou, consegue amar e perdoar seus inimigos, consegue exercer a justiça com amor, sem retribucionismo.

É importante ouvir atento estas palavras de Cristo e meditá-las em nosso coração, pois faz uma acusação grave que infelizmente, correspondia a realidade daquele tempo e também do nosso. Muitos veem os sinais que Deus realiza entre nós, ouvem a proclamação de Sua Palavra, presenciam Seu milagre na Eucaristia, mas continuam a desdenhá-lo com suas obras. É como aquele que professa a Deus com a boca, mas sua vida testemunha contra ele, pois age opostamente do que professa.

É de nosso entendimento que as obras nascem não das palavras, mas do coração. A vontade é movida não por meras palavras que saem de nossas bocas, mas pela convicção que possuímos em nosso interior. Àquele que não possui tal convicção da caridade e do amor a Deus e ao próximo, de maneira integral e sem retribuição, será difícil a coerência na fé, ou seja, agir no dia a dia, como professa nas orações.

O que devemos fazer? Neste tempo do advento, podemos alimentar mais nossa vontade, crescendo mais no amor a Deus e aos irmãos, crescer na compreensão da verdadeira doação sem recompensa daquele que recebe de mim, pois o único que nos pode recompensar é Deus, e é Dele que esperamos a mais valiosa recompensa. Como o advento nos propõe, precisamos intensificar nossas orações, para que obtenhamos a graça de viver mais unido a Deus, mas pleno Dele e não das coisas do mundo. Que obtenhamos a graça de despojarmo-nos dos pecados que ainda nos maculam, deixando-nos privados de sua graça.

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