Terça-feira - 18 de dezembro – Jr 23,5-8 Mt 1,18-24

Nos aproximamos do dia esperado, dia da comemoração do cumprimento das promessas do Senhor. Aquele que fora predito, que fora anunciado pelos profetas desde antes de seu nascimento, veio ao mundo. O rebento justo, filho de Davi, surgiu para levar seu povo a uma nova terra, longe desta... diferente desta, onde a vida é nova, onde se vive sem a corrupção do mal.

Nos dias de hoje se deseja muito a paz, pois vemos tantas guerras, gratuitas e injustas. Povos lutando contra seus irmãos, lutando animalescamente, tirando a vida daqueles que vivem no mesmo chão, vivem sob o mesmo céu. Vivemos rodeados de tantos casos de maldade, tantas violências contra inocentes, tirando-lhes muitas vezes o bem mais precioso que podemos possuir aqui, a vida. No meio de tudo isto, o que esperarmos? Uma justiça humana? Uma solução desenvolvida pela mente e astúcia do ser humano? Já estamos cansados de saber que não é pela mão humana que virá a justiça que extirpará de vez a maldade dos corações, que trará paz sobre a terra. Não há governo que possa realizar tal promessa, não há juiz humano que possa fazer prevalecer o justo. O que o mundo não quer ver são duas realidades muito precisas: que a guerra, a violência e qualquer maldade, nasce dos pecados que os homens cometem; e que o único que traz a verdadeira paz e justiça é Jesus Cristo, pois é somente Ele que pode eliminar dos corações a semente do pecado, e assim, instaurar a paz e a justiça esperada.

Este prometido e esperado, veio por meio da obediência humana. Maria é aquela que ouvindo a voz de Deus aquiesceu com amor, mesmo sem compreender tamanho mistério. Em Maria vemos não somente o cumprimento do que Deus mesmo prometera, mas também a atitude humana quando livre do pecado, já que sabemos ser a Virgem Maria livre de todo pecado. É nela que enxergamos a humanidade livre da semente do mal, que tanto faz surgir o ódio entre os homens. Na pessoa de Maria vemos a atuação eficaz de Deus e a resposta livre mas sem receio de quem vive sem atuação do pecado.

Mas neste evangelho vemos a figura de José, juntamente com Maria, pois ele foi figura singular no Plano de Deus. José ao lado de Maria, nos mostra exatamente o que o pecado original faz com o coração humano, torna-o incapaz de identificar imediatamente a voz de Deus, levando a muitas vezes ao confronto contra esta Vontade. Na atitude de José em duvidar de Maria, muitos veem uma “natural” reação humana, que diante de algo inexplicável move todos os esforços do ser em racionalizar e tentar encontrar uma resposta de como seria possível tal acontecimento. Mas este é a consequência do pecado, tentar racionalizar tudo, inclusive a Deus. José não agiu “naturalmente” como ser humano, agiu conforme sua natureza manchada pelo pecado original, algo não de se estranhar, pois diferentemente de Maria, não era imaculado.

Mas o que parece diminuir a figura de José, na verdade eleva-o, pois mesmo não querendo aceitar Maria, pensa em sacrificar sua honra em favor de sua noiva. Uma atitude corajosa, fruto de um coração que sempre buscou a justiça e a uma postura virtuosa. Por isso, José é buscado por Deus em sonho, para não deixar que se perca quem se mostrou digno de colaborar em Seu Plano de salvação da humanidade.

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