Santos Anjos: Louvemos sua existência

Anjo da Guarda

Neste dia 2 de outubro o atual calendário litúrgico da Santa Igreja celebra os Santos Anjos da Guarda, ou seja, aquele Anjo designado a nos guardar seja do perigo, seja para nos guiar no caminho que leva à salvação.

Diz o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica que “os anjos são criaturas puramente espirituais, não-corpóreos, invisíveis e imortais, seres pessoais dotados de inteligência e de vontade”. Este é um conceito apresentado pelo Magistério da Santa Igreja que têm seu fundamento na Sagrada Escritura. Por isso, antes de analisarmos este conceito, vamos identificar alguns dos vários lugares na Sagrada Escritura em que se fala destes seres espirituais, isto é, os Anjos.

No livro de Tobias se nos fala de sua existência: …partiu, pois, Tobias em companhia do anjo… (5,5-12.22;6,2). No evangelho de São Mateus, Nosso Senhor fala da existência dos anjos também: na ressureição, nem eles se casam nem elas se dão em casamento, mas são todos como os anjos no céu (22,30). Nas carta aos Hebreus, se fala das miríades: aproximastes do monte Sião e da Cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste, e das miríades de anjos (12,22).

Tendo visto que sua existência é garantida pela Sagrada Escritura – fonte da Verdade Revelada –, podemos perceber também que estes seres possuem alguma missão expressa pela própria Bíblia. Em alguns momentos servem a Deus como mensageiros, em outros como portadores da cura, em outros ainda como consoladores e protetores contra o mal. Assim, vemos no livro do Gênesis um anjo do Senhor trazer uma mensagem de orientação para Agar, para que não cometa o erro que estava pensando em fazer: O anjo de Iahweh lhe disse: “volta para tua senhora e sê-lhe submissa” (Gn 16,9). No livro do Êxodo, encontramos o Senhor prometendo a Moisés que enviará um anjo diante dele, para o guardar no caminho: Eis que vou enviar um anjo diante de ti para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti (Ex 23,20). Neste versículo já percebemos duas coisas a respeito dos anjos: que servem a Deus e lhe são obedientes, e
Tres jovens na fornalha
que são enviados para nos conduzir a “Terra Prometida”. Mesmo Nosso Senhor, naquele momento de profunda dor e agonia antes de ser entregue para ser condenado, recebeu esteve com um Anjo que veio para dar-lhe conforto (Lc 22,43).

Umas das imagens mais conhecidas a respeito do anjo mensageiro e guarda dos filhos de Deus é sem dúvida a cena dos três jovens na fornalha, jogados lá pelo rei Nabucodonosor, descrita no livro de Daniel: quanto a Azarias e seus companheiros, o Anjo do Senhor desceu para junto deles na fornalha e expeliu para fora a chama do fogo… (3,49). O Senhor não deixa perecer injustamente os seus filhos, e enviando um Anjo para junto dos três jovens, os livra das chamas, símbolo do ódio cego contra a fé, e assim, contra os que creem em Deus.

Na plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4), Deus envia um Anjo a uma jovem chamada Maria (Cf. Lc 1,26-27), este Anjo chamava-se Gabriel, portando a mais sublime de todas as notícias da Anjos Miguel Gabriel Rafael

história humana. Já no AT podemos perceber que os Anjos têm nomes, geralmente de acordo com sua missão. Assim, Gabriel é “Deus envia” ou “Deus anuncia”; Rafael, de acordo com Tobias 3,25 é “Deus cura”; Miguel, conforme o livro de Daniel 10,13.21 e 12,1, é aquele guerreiro que combate em favor daqueles que o Senhor protege. Existem um número imenso de Anjos e assim, é impossível saber seus nomes, mas sabemos que os que guardam-nos são chamados de “Anjos da Guarda”, pois é aquele anjo “pessoal” que Deus designou a cada um, para nos reger, guardar, governar e iluminar no caminho ao Reino de Deus.

Os Anjos são seres criados por Deus, como nos lembra o Compêndio, que não são eternos como Deus, mas imortais, ou seja, após ser criado não pode mais morrer, da mesma maneira que a alma. Ele é dotado de inteligência e de vontade, pois é preciso que tenha estas faculdades para servir a Deus, para não ser um mero fantoche ou escravo de Deus. Por contemplar a glória maravilhosa de Deus, sente-se “obrigado” a amá-Lo acima de sua própria vontade, de obedecê-Lo acima de sua própria liberdade, pois ele não esta sujeito obscuridade do pecado, como nós. Ele vê a Deus e Sua glória, por isso, não pode negar-se a obedecer a Verdade.

Neste dia, louvemos a Deus pela existência dos Anjos, para que os honrando hoje, sejamos-lhes dóceis para o nosso próprio bem.

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