Jesus ressuscita vencendo a morte

“Jesus ressuscita vencendo a morte”

Novena em honra a Nossa Senhora de Lourdes

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes / Varzea Grande / Gramado, RS

 

Estimados irmãos!

A fé cristã não está fundamentada sobre alicerce insólido, não está constituída de agradáveis imagens, como num conto de fadas. A fé cristã se fundamenta num acontecimento histórico que transcende a própria história – o tempo e o espaço. De modo que sabemos que esta fé, que ora professamos, é solidificada e subsiste no fato da Ressusreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. É nela que esta nosso eixo firme e constante, que faz com que tudo na vida cristã tenha verdadeiro sentido, sem medo de ilusões fantasiosas.

Esta ressusreição de Jesus começa a nos alentar pela feliz consequencia que dela veio: a destruição da morte como fim da existência!

No AT temos a imagem da entrada da morte como aparente realidade final da vida humana. Diz o livro do Gênesis, falando Deus à serpente:

Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar. (3,15)

Com a entrada do pecado no mundo perfeito criado por Deus, o ser humano passou a ser vítima do incitador do mal, e ele feri a raça humana desde então com a corrupção, fazendo com que nossa vida aqui, neste mundo criado, seja passageira de modo que, é o mal o criador da morte, a serpente que feri a vida humana com a realidade da corrupção da própria vida. Mas vai além, pois esta morte extinguia do ser humano a existência integral na realidade eterna junto do Criador.

Considerando isto, compreendemos mais as palavras de São Paulo revelando a necessidade da vinda do Cristo Salvador, pois foi “na plenitude dos tempos que enviou Deus Seu Filho ao mundo” (cf. Gl 4,4), deixando visível a necessidade de que o próprio Deus agisse diretamente para restabelecer a criação corrompida pela entrada da morte no mundo, pois somente o Criador pode restaurar a obra corrompida pelo mal. Ainda São Paulo nos fala:

Eis por que, como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. (Rm 5,12)

Meus irmãos, desventuramente, por meio de nossos pecados a realidade da morte se faz presente no mundo. Não que sejamos o autor da morte, mas temos a herança infeliz do pecado conosco, marca triste e cruel em nossa natureza, que se revela a cada concordância nossa com a tentação do pecado. Por um ser humano inaugurou-se a morte no mundo criado, e por herança de nossa natureza a morte ainda permanece neste mundo. Mas algo mudou, e foi precisamente com a vinda do próprio Deus que se encarnou e nos mostrou a crueldade do pecado e derrotou a morte.

Por conseguinte, assim como pela falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só, resultou para todos os homens justificação que trloaz a vida. (Rm 5,18)

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nos fala que o alcance salvífico da ressurreição de Cristo, foi precisamente a vitória sobre o pecado e a morte (cf. n.131), pois foi com a Sua ressurreição que esta realidade deixou de ser o fim último do ser humano, ou seja, agora foi nos revelado a porta para a existência eterna junto de Deus. Esta realidade eterna sempre existiu, mas estava impedida ao ser humano precisamente pelo pecado que nos levava a morte, não somente para este mundo, mas para a vida eterna. Jesus Cristo Ressuscitado leva nossa natureza a esta vida eterna, abrindo-nos a porta definitva para o Reino de Deus. Não estamos mais destinados a viver poucos anos e morrer existencialmente, mas agora somos destinados para a eternidade!

Para o cristão a fé em Cristo Jesus é tão “natural” que por vezes acaba nem refletindo sobre como Nosso Senhor venceu o mal da morte e nos abriu a porta para a vida eterna. Dentro de alguns dias entraremos no ciclo quaresmal e logo depois virá a Semana Santa, momento em que somos convidados a viver os passos que Jesus fez para nos alcançar tamanha felicidade.

Refletir sobre o alcance da Ressurreição de Cristo nos deve mover ao reconhecimento de Sua obra e este reconhecimento deve se manifestar em assentimento e vivência. Pois, saber que a ressurreição de Jesus Cristo venceu definitivamente a morte não basta para que dela nos beneficiemos, é necessária uma adesão pela fé à verdade revelada com Sua encarnação especialmente a necessária luta contra o mal e o trabalho pessoal para vencer o pecado, caminhando assim na via da santidade.

Colocando-nos uma interrogação, poderíamos elaborá-la da seguinte maneira: vivemos como quem deseja usufruir de imensurável graça que nos conquistou Cristo Jesus? A vida ao invés da morte?

Como não podemos separar a Mãe do Filho, enxergamos em Maria, a prefiguração do ser humano perfeito, nosso destino de remidos pela Ressurreição de Cristo. Direcionemos a ela nossa oração, para que possa interceder por nós nesta via que precisamos trilhar com destino a eternidade junto de Deus.

Ave Maria...

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