Páscoa: Ressureição de Cristo e Missão da Igreja

*Artigo originalmente publicado na edição Abril/Maio do JB Informa (Ano XIII, n.156)

 

Desde a aurora do dia da Páscoa, a Igreja anuncia a notícia mais feliz a toda criação, algo que não somente traz felicidade por saber que o Mestre vive, mas por saber que de sua Ressurreição nós somos beneficiados com a possibilidade da vida nova em Deus. Temos agora um eminiente intercessor, Cristo, o Senhor.

Em seu vivo sentimento de luto pela morte de Jesus, Maria Madalena se dirige ao túmulo (Cf. Jo 20,1) para concluir os cuidados fúnebres que no dia anterior fizera apressadamente, mas algo de estranho encontra chegando ao local: o túmulo está vazio, o corpo do Mestre não esta mais lá! Certamente, Maria deu alguma olhada ao redor do local, para ver se não o haviam deixado fora do lugar, mas não O encontrou. Nesta atitude de Maria, podemos visualizar as inúmeras pessoas que buscam a Cristo, olham para vários lugares, às vezes passam muito tempo de suas vidas enganadas girando ao redor de lugares onde Ele não esta. O procuram em algum ponto, acreditando que o Cristo procurado se apresentará num local determinado. Jesus Cristo se deixa encontrar, mas é preciso procurá-Lo no local onde Ele decidiu se manifestar: na Sua Igreja, na Sua família.

A Igreja é anunciadora da Ressureição, pois é através dela que todos podem usufruir desta vida nova conquistada para nós pelo Cristo em Sua Ressureição. Faz parte da missão da Igreja levar ao conhecimento de todos os povos a Ressureição de Jesus e esta vida nova que Dele recebemos. Por este motivo, a Igreja se empenha na evangelização de todos os povos e culturas, se colocando muitas vezes frente a grupos hostis, que por ignorância da verdade ou apego extemo aos benefícios do pecado, tentam impedir a dissiminação da verdade e desta vida nova que o Cristo ressuscitado nos conseguiu. Não deixa de se tratar de um “egoismo coletivo”, que não permite o anúncio e esclarecimento do bem que leva todos a viverem na paz do Senhor.

Pedro e João correram para ver o túmulo que Maria dissera estar vazio (cf. Jo 20,3). Esta “corrida” tem seu término, chega ao ponto desejado, mas ali se encontra somente o local vazio, e isto mostra que a corrida de nossa fé nunca acaba, pois sempre andaremos em busca do Senhor, na vida diária, nas coisas que se apresentam a nós, nas situações que nos defrontamos no decorrer da vida. Esta busca constante do Senhor nos faz viver diariamente no desejo de Deus e desprezo ao pecado.

Com a mesma fé dos apóstolos na palavra de Jesus, cremos em Sua ressureição. Cantamos aleluia por sua vitória sobre a morte e esperamos Sua nova vinda, na esperança de merecermos esta vida nova que Ele nos prometeu na eternidade.

Que o Senhor Ressuscitado seja o nosso único Mestre enquanto andamos neste mundo.

Pe. Valderi da Silva

Vigário Paroquial

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