Terça-feira da V Semana do Tempo Pascal

At 14,19-28 Jo 14,27-31a
Pe. Valderi da Silva
Queridos irmãos e irmãs.
No Evangelho de hoje, Nosso Senhor se revela o portador da verdadeira paz, mas também comunica a nós a Sua paz: “Deixo-vos a paz”.[1]
Na Encíclica Pacem in terris, de São João XXIII, temos o seguinte comentário[2]:
Cada cristão deve ser na sociedade humana uma centelha de luz, um foco de amor, um fermento para toda a massa (Mt 5,14; 13,33). Tanto mais o será, quanto mais viver unido com Deus na intimidade de si mesmo. Em última análise, só haverá paz na sociedade humana se ela estiver presente em cada um dos seus membros, se em cada um se instaurar a ordem querida por Deus. […] Este intento é tão nobre e elevado, que homem algum, embora louvavelmente animado de toda a boa vontade, o poderá levar a efeito só com as próprias forças. Para que a sociedade humana seja espelho o mais fiel possível do Reino de Deus, é grandemente necessário o auxílio do Alto. […]
Com a Sua dolorosa paixão e morte [Cristo] venceu o pecado, factor de dissensões, misérias e desequilíbrios. […] «Porque Ele é a nossa paz: […] Veio e anunciou a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam perto» (Ef 2,14-17). Nos ritos litúrgicos destes dias [da Páscoa] ressoa a mesma mensagem: Nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado, de pé no meio dos Seus discípulos, disse: «Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá» (Jo 14,27).
De maneira, queridos irmãos, que a Igreja não entende a paz somente como “ausência de guerras”, de conflitos. Entende-se a paz como equilíbrio da natureza humana com a Vontade de Deus. De fato, o Cardeal Francis Arinze nos lembra: “a vontade de Deus é a nossa paz”.
Peçamos esta paz com ardentes preces ao Redentor divino que no-la trouxe. Afaste Ele dos corações dos homens quanto pode pôr em perigo a paz, e nos transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com a Sua luz a mente dos responsáveis dos povos. […] Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para se compreenderem uns aos outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da Sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz.

[1] Jo 14,27
[2] Pacem in terris, §§ 163-164; 167-170





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