Dan Brown, “o catador”

Acredito ser impossível alguém que não tenha lido ou ouvido falar deste nome, ou pelo menos de algumas de suas obras mais comercializadas como “O Código Da Vinci”, “Fortaleza Digital” ou “Anjos e Demônios”, obras estas que li, mas o referido escritor escreveu mais algumas, como “O Simbolo Perdido”, “A conspiração” e “Inferno”.

Realmente estas obras como outras já circularam o mundo midiático, rendendo milhares de páginas sobre críticas, elogios, despropérios e atéO Codigo Da Vinci - Dan Brown alimentando conspirações e tramas internacionais e multi-institucionais. É realmente incrível este fenônemo, mas mesmo assim, não dou o mínimo voto de “extraordinário” a Dan Brown e suas estórias pois não merecem este qualitativo no mundo de hoje, em que se recolhe dramas, falsificações e anedótas em qualquer esquina mau cheirosa.

De fato, Brown não consegue obter o mínimo de decência literária ao demonstrar que seu estilo é não ter estilo nenhum, e nas palavras de um conhecido que gargalhava ao falar de suas obras, se quisermos dar-lhe um estilo seria o “estilo catador”, pois trata-se disso em seus livros, especialmente o mudialmente famoso “Código Da Vinci”.

Livros como estes que falam tanto de “ilustrados”, “cientistas”, “evolução”, “século moderno”, se valem de verdades que o mundo conheceu não através da moderna ciência, mas justamente daquilo que eles mais atacam: a religião. É interessante que anjos-e-demônios Brown não fala de todas as religiões, ele ataca aquilo que para ele é mais visível, típico de um ateu, ou agnóstico mais interessado em absurdos do que em Deus e naquilo que à séculos Ele revela, ou seja, o foco vira-se quase que totalmente para a Igreja Católica.

Escutei certa vez em um simpósio, na Universidade, Luis Antonio de Assis Brasil que tentava (nas suas palavras) falar seriamente – o máximo possível – deste autor e de sua obra, a partir dali percebi que estava diante de um mercenário das letras, um comerciante, que escrevia quase sob encomenda num mundo desinteressado da verdade, mas interessado naquilo que justifica sua descrença e sua irresponsabilidade.

Brown é precisamente isto no mundo atual, um placebo que esforça-se em justificar as guerras, esforça-se em amortecer as consciências a respeito da responsabilidade midiática, alguém que irresponsavelmente brinca avarentamente com aquilo que mais precioso milhares de pessoas no mundo inteiro encontraram, e que para muitas é a salvação em suas vidas: a fé. Ele não simplesmente deseja revelar erros e infelicidades dos membros da Igreja, mas brinca como “piralho” com os próprios fundamentos da fé cristã, como na sua famijerada obra “Código Da Vinci”, ou despojando de qualquer dignidade os rituais sacramentais que envolvem os atos mais piedosos da Santa Igreja, como demonstrado na sua obra “Anjos e Demônios”, sem dizer na surrealidade em “Fortaleza Digital” apesar de que em todas estas obras existe sempre uma mínima dose de consciência social e humana, manifesta nos personagens protagonistas.Fortaleza Digital

Dan Brown é um escritor comercial, e disto ninguém tem mais dúvida, algo que o faz encaixar como uma luva neste mundo vazio interiormente e parcialmente cheio de coisas a ter e fazer. Me pergunto se daqui a cem anos lembrarão de Dan Brown ou de Mário Palmério, um legítimo exemplar de boa literatura!

Parece exagero chama-lo ele de “catador”, mas o fato é que sua maneira de “catar” o que vêm aos seus olhos e misturar como se estivesse fazendo uma enjoativa “salada de frutas”, me leva na considerá-lo um catador, alguém que não segue uma linha, alguem que não têm um foco claro e específico, mas que mediante o único objetivo de intreter a qualquer custo a “massa” preguiçosa, que não procura a verdade, faz uma mistura aleatória e sem compromisso com a verdade de coisas, pessoas, instituições e fatos. Isto tristemente revela-se uma afronta para a verdade histórica.

Não gosto de falar mau de pessoas, mas sou obrigado a deixar claro meu desgosto pelo suposto estilo deste escritor que traz consigo esta caracteristica nefasta do mundo moderno, o lucro a qualquer preço.

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