Caminhando na Chuva

"Caminhando na Chuva" poderia se classificar como relato autobiográfico, pois se trata de pequenas lembranças de um jovem que aos poucos descobre sua inclinação para a literatura, quase que identificando-se com a vida do próprio Kiefer.
O livro em si é curto (e isto pode animar os principiantes na leitura!) e acredito que o próprio escritor quis que fosse assim. Desde o começo o autor deixa justificado o título do livro, exatamente por gostar de caminhar pelas ruas da pequena cidade de Pau D'Arco em meio a chuva, este adolescente encontra neste hobbe o meio de colocar os pensamentos em ordem, pois caminhar na chuva deixava a cidade mais silenciosa. A meu ver este excêntrico gosto já demonstra a característica introspectiva do narrador, e da mais força a esta característica as várias vezes que menciona sua facilidade em ficar envergonhado.
Certamente é um livrinho gostoso de ler, por apresentar fácil leitura e não ser muito longo, algo que não espantará aqueles leitores que fogem de livros volumosos como o diabo foge da cruz.
O que me chamou a atenção é a aparente evolução que o escritor apresenta deste futuro jovem escritor ao longo do livro, dando uma certa sincronia com a própria evolução física e psicológica do protagonista em questão, e isto se percebe no livro. Nas primeiras páginas apresenta um início sem muito cuidado com o que podemos chamar de "formalidade literária", deixando expresso no próprio texto uma espécie de início principiante, meio sem jeito, ao passo que que nos capítulos posteriores já vai demonstrando maior concatenação nos parágrafos e melhor estética literária.
Como se trata de livrinho com memórias seletas de determinado período, o leitor acaba se identificando com uma ou outra lembrança ou comentário que o escritor faz em determinada recordação. Um exemplo disso podemos ver nas brincadeiras e travessuras com o primo que o visitava nas férias, ou mesmo a primeira namorada e o desafio do primeiro beijo.
Mas acredito que o que o escritor expressou de maneira bastante feliz foi sua opção pela literatura e nisto eu mesmo acabei me identificando, e uma frase dele mesmo resume isso: "a vida não é tão interessante como a literatura" (pg. 67).
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Comentários

Anônimo disse…
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