Assistindo uma transmissão ao vivo do Renewal in the Holy Spirit Movement (Movimento Renovação no Espírito Santo, 03.07.2015), realizado na Praça São Pedro no Vaticano, esperava as palavras do Santo Padre Francisco neste encontro promovido e organizado pelo movimento de renovação carismática.
É certo que, mesmo depois de muitos anos de existência do "fenômeno" carismático no Brasil e no mundo, ainda se percebe muitos pontos controversos sobre o modo de expressar a fé daqueles que aderem a este movimento.
Acredito que se pode começar a ressaltar o que nomeia este grupo, "movimento", pois não se trata de uma pastoral (no sentido ordinário de uma organização paroquial com determinado objetivo na comunidade), mas sim de um grupo que vai se formando a medida que os fieis vão se identificando com aquele modo de expressar sua espiritualidade. Muitas confusões surgem nas paróquias por causa desta falta de compreensão sobre a natureza da RC (Renovação Carismática), gerando alguns atritos como aquelas brigas em torno da falta de participação dos membros do grupo de oração da RC nas atividades convocadas pelo pároco, etc. É claro que todos os fieis da paróquia formam um só corpo, e assim deve ser para a perfeita comunhão na Igreja Católica, mas sua espiritualidade pode seguir caminhos particulares, individuais, na busca daquilo que mais o aproxime de Deus e de sua comunidade. A RC é uma delas. Neste sentido é importante lembrar que muitos atritos são favorecidos pelos próprios integrantes da RC ao comportarem-se com tal arrogância fazendo transparecer uma santidade exclusivista, algo que em nada se assemelha com o que Nosso Senhor testemunhou. Ou seja, a RC não é a "primeira entre todas", mas na sua forma de ser, pode ser excelente experiência de fé na Igreja para muitos católicos.
Mas voltando ao discurso do Papa que esperava ouvir, destaquei duas frases interessantes. A primeira parece confirmar uma parte do que disse e negar outra:
Neste encontro que assistia, havia muitas pessoas de outras denominações cristãs. E o Papa, talvez sabendo disso, diz:
Entendo que de forma alguma o Santo Padre nega com essa afirmação a natureza de verdadeira Igreja de Cristo, isto é, a Igreja Católica Apostólica e Romana, mas deixa a mensagem a todos ali presentes, e a nós que o ouvimos, que esta raiz que move as outras denominações cristãs é o nome do Salvador. Isto não nega o fato de que a eles (outras denominações cristãs) falta a clareza da instituição divina da verdadeira Igreja de Cristo, mas simplesmente nos faz dar mais valor ao fato de que eles não estão longes da Mãe Igreja e que, por fagulhas que sejam, podem estar sendo guiados misteriosamente para o caminho da Salvação.
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É certo que, mesmo depois de muitos anos de existência do "fenômeno" carismático no Brasil e no mundo, ainda se percebe muitos pontos controversos sobre o modo de expressar a fé daqueles que aderem a este movimento.
Acredito que se pode começar a ressaltar o que nomeia este grupo, "movimento", pois não se trata de uma pastoral (no sentido ordinário de uma organização paroquial com determinado objetivo na comunidade), mas sim de um grupo que vai se formando a medida que os fieis vão se identificando com aquele modo de expressar sua espiritualidade. Muitas confusões surgem nas paróquias por causa desta falta de compreensão sobre a natureza da RC (Renovação Carismática), gerando alguns atritos como aquelas brigas em torno da falta de participação dos membros do grupo de oração da RC nas atividades convocadas pelo pároco, etc. É claro que todos os fieis da paróquia formam um só corpo, e assim deve ser para a perfeita comunhão na Igreja Católica, mas sua espiritualidade pode seguir caminhos particulares, individuais, na busca daquilo que mais o aproxime de Deus e de sua comunidade. A RC é uma delas. Neste sentido é importante lembrar que muitos atritos são favorecidos pelos próprios integrantes da RC ao comportarem-se com tal arrogância fazendo transparecer uma santidade exclusivista, algo que em nada se assemelha com o que Nosso Senhor testemunhou. Ou seja, a RC não é a "primeira entre todas", mas na sua forma de ser, pode ser excelente experiência de fé na Igreja para muitos católicos.
Mas voltando ao discurso do Papa que esperava ouvir, destaquei duas frases interessantes. A primeira parece confirmar uma parte do que disse e negar outra:
A Renovação Carismática é movimento? Não, é "corrente de Graça".Apesar de aparentemente o Papa negar minha afirmação de que a natureza visível da RC é ser um movimento, acredito que o Santo Padre assim respondeu a esta pergunta retórica para afirmar outra coisa que fica mais explícito: a RC pode ser um verdadeira "corrente de Graça" divina para aqueles que nela estão. Isto de fato, parece-me até mais relevante do que se é ou não movimento, mas deixar claro que este modo de viver a fé pode ser uma graça necessária para a santificação do fiel, claro que vivendo a fé dentro da Igreja, obedecendo-a pela fé, pois como expressão da fé da Igreja, a RC não pode dar contra testemunho do que a Mãe Igreja prega e determina.
Neste encontro que assistia, havia muitas pessoas de outras denominações cristãs. E o Papa, talvez sabendo disso, diz:
Podemos pregar com outras denominações cristãs, pois "temos uma mesma raiz, Jesus Cristo".O Ecumenismo de Francisco já é conhecido, pois deseja antes de tudo buscar a paz e não o conflito motivado pelas diferenças de credo.
Entendo que de forma alguma o Santo Padre nega com essa afirmação a natureza de verdadeira Igreja de Cristo, isto é, a Igreja Católica Apostólica e Romana, mas deixa a mensagem a todos ali presentes, e a nós que o ouvimos, que esta raiz que move as outras denominações cristãs é o nome do Salvador. Isto não nega o fato de que a eles (outras denominações cristãs) falta a clareza da instituição divina da verdadeira Igreja de Cristo, mas simplesmente nos faz dar mais valor ao fato de que eles não estão longes da Mãe Igreja e que, por fagulhas que sejam, podem estar sendo guiados misteriosamente para o caminho da Salvação.
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