Cardeal Burke: "Não escandalizem seus filhos ou netos"

LifeSiteNews: Como os pais católicos evem lidar com uma situação difícil como esta:
Ao planejar um encontro familiar de Natal com os netos presentes, os pais são indagados por seu filho, que está em um relacionamento homossexual, se ele pode levar consigo seu parceiro homossexual? Ao aplicar esses princípios, como as paróquias deveriam lidar com casais abertamente homossexuais que se aproximam da Santa Comunhão e que buscam cargos de liderança dentro da paróquia?


Cardeal Burke: Esta é uma questão muito delicada, e é ainda mais delicada pela agressividade da agenda homossexual. Mas é preciso abordar esse tema de maneira muito calma, serena, razoável e cheia de fé. Se as relações homossexuais são intrinsecamente desordenadas, e de fato o são – a razão nos ensina isso e também a nossa fé – então, o que significaria para os netos terem presentes em uma reunião familiar um membro da família que está vivendo em uma relação desordenada com outra pessoa?
Se fosse outro tipo de relacionamento — algo que fosse profundamente desordenado e prejudicial — não exporíamos nossas crianças a esse tipo de relacionamento, à experiência direta dele. Assim, tampouco deveríamos fazê-lo no contexto de um membro da família que não apenas sofre de atração pelo mesmo sexo, mas que optou por viver essa atração, por agir de acordo com ela, cometer atos que são sempre e em todo lugar errados e maus.
E assim, as famílias precisam encontrar uma maneira de ficar próximas de um filho nesta situação — de um filho ou neto, ou o que quer que seja —, a fim afastar a pessoa de um relacionamento desordenado.”
E sabemos que com o tempo, esses relacionamentos deixam a pessoa profundamente infeliz. E por isso é importante nos mantermos o mais próximos que pudermos. Mas, essa forma particular de relacionamento não deve ser imposta aos membros da família, e especialmente a crianças impressionáveis. E exorto os pais ou avós — quem quer que seja — que sejam muito, muito prudentes neste assunto e não escandalizem os seus filhos ou netos.
Há tantas coisas em nossa sociedade hoje em dia que estão passando a mensagem de que qualquer forma de relação sexual, se de alguma forma ela lhe agrada — ou se você estiver atraído para ela — está bem, está correta. E nós não queremos que nossos filhos tenham essa impressão, ao parecer que estamos tolerando atos gravemente pecaminosos por parte de um membro da família.
Certamente, essa é uma fonte de grande sofrimento, mas o esforço para fazer o que é certo e bom sempre envolve sofrimento. E, neste caso, certamente envolverá sofrimento. Mas que o sofrimento seja realmente redentor ao final.
Já com relação às paróquias, a situação é muito semelhante, porque a paróquia é uma “família de famílias”. E assim, se você tiver paroquiano que esteja vivendo em pecado público em um relacionamento homossexual, bem, o sacerdote deve tentar se aproximar dessa pessoa — ou de ambos, se forem católicos — e tentar ajudá-los a deixar o relacionamento pecaminoso e começar uma vida casta. O pastor deve incentivá-los também a rezar e a participar da Missa dominical e de outras maneiras adequadas para tentar superar o pecado grave em suas vidas.
Essas pessoas que estão vivendo dessa forma certamente não poderão ter qualquer papel de liderança na paróquia, porque daria a impressão aos paroquianos que a forma como elas estão vivendo é perfeitamente boa. Porque, quando dirigimos uma paróquia, de certa forma, estamos dando testemunho de uma vida católica coerente. E as pessoas que não são coerentes com a sua fé católica não recebem funções de liderança. Não lhes pedimos, por exemplo, que sejam leitores na Santa Missa — ou que assumam outra posição de liderança — até que elas tenham retificado sua situação e passado por uma conversão de vida e estejam prontas a dar esse tipo de liderança.
Por um lado, certamente haverá escândalo entre os paroquianos no que diz respeito a uma parte muito importante da nossa vida, a nossa sexualidade, e o que ela significa. Por outro lado, não é bom para as duas pessoas envolvidas no relacionamento desordenado porque também lhes dá a ideia de que a Igreja de alguma forma aprova o que elas estão fazendo.

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