Desde meu primeiro contato com o estudo filosófico,
considerei a filosofia algo indispensável para o bem viver, ou seja, considero
de maneira fundamental o conhecimento filosófico como algo indispensável para
uma vida feliz.
Estou escrevendo isso para falar de uma pessoa, alguém que
virou alvo de muitas posturas em nosso país, nem todas adequadas, mas isso é
por causa da própria compreensão de cada pessoa. E para opinar sobre esta
pessoa e sobre sua influência é preciso levar em consideração a importância do
conhecimento filosófico para o ser humano.
Olavo de Carvalho tornou-se uma figura amada e odiada, mas
estas duas posturas são expressões de paixões, comuns quando não se consegue
passar além da "caricatura" da pessoa. Muitos ainda tomam-no como um
"mestre" numa mistura de Gandalf e Mestre Yoda, ou um
"guru", como se a expressão por si tivesse alguma definição infinita
e eterna do ser "Olavo".
No entanto, além de apenas rótulos, estas posturas por parte
de seguidores e adversários, não passam de pétolas ou espinhos jogadas ao altar
de um ídolo. Para considerar a pessoa Olavo de Carvalho como importante no que
produz, é preciso ler perscrutar atentamente o que produz. Estou falando em ler
e ouvir com atenção o que Olavo escreve e grava nos seus canais de divulgação.
Para começar este esforço parece recomendável o livro
"O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota" (Editora Record,
2013), organizado pelo jornalista Felipe Moura Brasil, que contém uma coletânea
de publicações do Olavo de Carvalho. São textos pequenos e grandes que ajudam a
entender que Olavo não é nenhum ídolo, nem guru, nem deus, ele é apenas um
servo da filosofia, um homem que dedicou sua vida ao estudo, que passou por
lugares sombrios do conhecimento para alcançar uma luz que somente quem se
dedica incansavelmente consegue alcançar. Não somente ele conseguiu isso, mas a
maioria da humanidade necessita que surjam homens como ele para auxiliar quem
não se dedica com a mesma proporção ao conhecimento fundamental para viver na
realidade, e assim viver bem, de acordo com a finalidade da própria natureza
humana.
Enfim, a produção acadêmica de Olavo de Carvalho deve ser
considerada, pois nela encontramos algo que a muito tempo fora negada às
pessoas, especialmente aos brasileiros, a necessidade de intelectualidade, de
pensar mais, de ler mais, de estudar mais, e deixar de lado os megafones e
cartazes para tornar o Brasil mais inteligente, mais sóbrio, mais feliz.
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