DOM JOÃO DE ORLEANS E BRAGANÇA DIZ QUE O INCÊNDIO QUE DESTRUIU O MUSEU NACIONAL NO RIO DE JANEIRO ERA UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA.
"Isto é o exemplo do colapso de uma nação nas mãos de políticos que saquearam e continuam a saquear o Brasil", afirmou, ao telefone com a SÁBADO, o trineto do imperador Dom Pedro II sobre o incêndio que no dia 2 destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Dom João de Orleans e Bragança aponta o dedo aos culpados: "São as quadrilhas que governam o Brasil há décadas". O príncipe diz que se sente "mais revoltado do que triste" e que, embora o Estado brasileiro mão mereça, está disposto a emprestar peças do seu patrimônio ao museu quando o edifício dor recuperado.
Aos 64 anos, Dom João, ou Dom Joãozinho como é conhecido, não é um príncipe convencional: surfista desde sempre, viaja pelo Brasil para fotografar tribos da Amazônia ou as favelas mais perigosas, É contra os privilégios de quem tem "sangue azul" e assume-se parlamentarista convicto. Neto de Dom Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, Príncipe do Grão-Pará - que em 1908 abdicou de seus direitos, por si e pela sua futura descendência, à sucessão ao trono brasileiro -, Dom João possui um acervo com mais de 780 imagens originais e negativos em vidro reunidos por Dom Pedro II, o primeiro chefe de Estado do mundo a ter uma máquina fotográfica. O descendente da família imperial, que é primo de Dom Duarte de Bragança, herdou outras relíquias, como trajes da época do império e uma mesa em que a sua bisavó, a princesa Isabel, assinou a lei que aboliu a escravatura, em 1888, e que está no seu apartamento, no Leblon, Rio de Janeiro.
O descendente da família imperial acusa: "A culpa é das quadrilhas que governam o Brasil". Mesmo assim vai emprestar o seu espólio.
Entrevista para Revista SÁBADO (Portugal)
Dom João de Orleans e Bragança aponta o dedo aos culpados: "São as quadrilhas que governam o Brasil há décadas". O príncipe diz que se sente "mais revoltado do que triste" e que, embora o Estado brasileiro mão mereça, está disposto a emprestar peças do seu patrimônio ao museu quando o edifício dor recuperado.
Aos 64 anos, Dom João, ou Dom Joãozinho como é conhecido, não é um príncipe convencional: surfista desde sempre, viaja pelo Brasil para fotografar tribos da Amazônia ou as favelas mais perigosas, É contra os privilégios de quem tem "sangue azul" e assume-se parlamentarista convicto. Neto de Dom Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, Príncipe do Grão-Pará - que em 1908 abdicou de seus direitos, por si e pela sua futura descendência, à sucessão ao trono brasileiro -, Dom João possui um acervo com mais de 780 imagens originais e negativos em vidro reunidos por Dom Pedro II, o primeiro chefe de Estado do mundo a ter uma máquina fotográfica. O descendente da família imperial, que é primo de Dom Duarte de Bragança, herdou outras relíquias, como trajes da época do império e uma mesa em que a sua bisavó, a princesa Isabel, assinou a lei que aboliu a escravatura, em 1888, e que está no seu apartamento, no Leblon, Rio de Janeiro.
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