O limite da fé naquele que "nasceu" católico: A crise na Igreja

Parece importante esta reflexão que pretendo abordar neste momento e especialmente nos dias atuais. Roda o mundo inteiro a sensação de crise na Igreja Católica, como se esta crise se referisse apenas a instituição visível, geralmente vislumbrada no Papa, nos Cardeais e Bispos e no Vaticano. É desnecessário esclarecer que esta maneira de interpretar a suposta crise na Igreja é totalmente equivocada, pelo menos para aqueles que dedicam-se honestamente a se informar nos meios oficiais a respeito de notícias e pronunciamentos.

O interessante é que dificilmente se houve uma honesta investigação a respeito da origem destas supostas "crises" na Igreja (digo crises, porque existem várias interpretações que geram "crises" diferentes). Para sermos honestos, precisamos ao menos tentar entender a origem, ou o começo desta sensação de crise, ou desordem dentro da Igreja Católica.
Depois de alguns anos convivendo com diversas comunidades eclesiais, e inteirando-me dos mais variados assuntos da vida na Igreja (não falo apenas de teologia nem de magistério), posso afirmar que se existe crise na Igreja é por conta do mau entendimento de fé dos chamados (por mim) "nascidos católicos", ou seja, aqueles que nasceram em famílias católicas e sem muita dúvida foram batizados. 

Parece estranho falar isso, mas pensem comigo: Por acaso não se percebe claramente a falta de formação em questão de fé nos católicos que nas últimas três décadas formaram suas famílias? Ora, a má formação também se passa de geração em geração. Assim, encontramos hoje, avós e pais que sem nenhum problema transmitem uma fé desordenada aos jovens, passando a eles uma obediência relativa a Palavra de Deus e mais ainda ao Magistério indefectível da Igreja.

Falo dos últimos 30 anos mas facilmente podemos chegar até os últimos 50 anos. Deste passado até agora somente encontramos desinformação a respeito da fé, falta de clareza acerca dos mandamentos divinos, inclusive os mais difíceis para o ser humano. Seria natural que tal formação defeituosa ou a falta completa de formação, transformasse a Igreja futura numa instituição relativizada por dentro, afinal, os padres de hoje foram os filhos de ontem, e apesar dos seminários por onde passaram, sua formação familiar sempre estará presente, como o DNA que carregam de seus pais. Dificilmente os anos de seminário apagam o triplo de tempo vivido sob a batuta formativa de seus pais.

Os que chamo "nascidos católicos" são a principal fonte da crise na Igreja Católica, e não falo como alguém de fora, falo como alguém que esta inserido neste dado, afinal sou de família católica. Aqui preciso deixar claro que esta reflexão não pretende culpar as famílias católicas, mas como disse um pouco antes, tentar trazer a baila a reflexão sobre a origem desta sensação de crise dentro da Igreja, afinal somente assim é que cada católico pode contribuir para o fim desta desordem na comunidade católica em todo o mundo, começando por entender que não é o Papa que a resolverá - ele tem a sua parcela de trabalhos a fazer -, mas a parte mais fundamental neste trabalho cabe ao católico, a cada família católica. 

Percebendo que falta-nos algo, neste caso maior e melhor formação na fé, precisamos buscar corrigir isto com os meios que se pode, pois um católico bem formado, educa um futuro católico mais bem formado ainda!

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