O ateu no limiar da consciência divina

Não esquivar-se da menor das possibilidades que podemos ter, é uma característica daqueles que resolveram crescer intelectualmente, sem o ostracismo mental que jaz nos espíritos mais fanáticos por sua própria "doutrina" calcificada, algo que lhes impede de mover um milímetro que seja, para cima ou para baixo, para a esquerda ou para a direita.

Não estou falando de política, mas de algo mais caro ao ser humano, sua existência e o sentido que ele mesmo consegue descobrir dela. Falo de perguntas, falo de possibilidades, falo da estrutura mental que impede muitos a alçar voos mais altos e longínquos, e a debruçar-se naquilo que somente o espirito humano, iluminado pela intelectualidade humana, consegue alcançar, diferentemente do restante dos seres vivos.

Ao mencionar a figura do ateu encontramos mais demonstrações de paixões do que claro e justificado argumento. Encontramos "fé" em sua própria negação, encontramos ansiedade em sua pretensa saciedade intelectual, encontramos vícios linguísticos e filosóficos, mas mesmo este ateu, sem o perceber, coloca-se num limiar da consciência divina, ou seja, toda o seu esforço intelectual para nutrir a própria "doutrina" de negação, o coloca diante da percepção do eterno, infinito e imortal. Esta atitude que fortalece a maioria dos ateus assemelha-se a um enorme balão, que pelo tamanho pode parecer indestrutível, mas sua fragilidade encontra-se num pequeno alfinete ou num toco de cigarro aceso.

O ateu está a beira de um abismo, e sua negação consciente lhe faz não querer dar mais um passo para frente nem para trás. Um passo para trás o colocaria num retrocesso, algo que o taxaria de estúpido. Um passo para frente o faria contrariar o próprio ego que pretende ser maior que o abismo que não quer ver, mas sente o cheiro da "brisa profunda".

Ele talvez não chegue a batizar-se numa fé, mas com o tempo pode cansar de sustentar a si mesmo, ou melhor, seu ego, e debruçar-se no abismo que lhe fará admitir a existência de uma consciência divina, o que significará admitir a existência de Deus, e isto já será o início de sua fé, o início de sua salvação. É importante dizer isso, para que percebamos o que uma estrutura mental, calcificada em sua "própria doutrina" pode fazer ao ser humano, mas ao mesmo tempo, perceber que até o mais empedernido chega muito próximo de Deus e da verdade sobre nossa existência.

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