É constante o encontro de pessoas que, nas redes sociais ou presencialmente, tentam desdenhar a afirmação de que a ideologia comunista continua viva e atuante, especialmente nos países sul-americanos.
Eu mesmo tenho uma centena de amigos virtuais que me dão provas de que a negação de tal existência ideológica é comum entre os vários níveis de instrução, pois conheço advogados, delegados e empresários que engrossam este time de "negadores".
Não existe outra forma de mencionar isso senão falando de uma espécie de autodefesa que estes indivíduos tentam manter ao negar a cruel existência da ideologia comunista. Falo em autodefesa por que acredito que esta negação se dá especialmente pela falta de coragem em aceitar a ignorância parcial ou quase total a respeito do assunto, e por isso acaba se tornando mais fácil - simplesmente - dizer "comunismo não existe", ou ainda "comunismo é a mãe!", numa tentativa de argumentar a inexistência pela ridicularização. Mas este modus não funciona muito, apenas com aqueles que já decidiram se autodefender, e assim aceitando a fantasia de um mundo sem a ideologia comunista.
Claro que não defendo a existência desta ideologia, mas negar que exista somente pelo fato de não gostar dela é doentio. Comunismo existe sim, e todos que honestamente procuram analisar a realidade política mais que local, acabam obrigados a entender isso, o que não implica aceitá-la como sistema justo e razoável de organização social. Haja visto o recente exemplo da Venezuela, onde nossos vizinhos sofrem no corpo as conseqüências de um regime fundado nos ideias e meios comunistas.
Mas que aceitar que a ideologia comunista continua viva ao nosso redor, é dever de cada individuo buscar identificar as ideias que políticos locais e a nível nacional acabam adotando e utilizando em suas manifestações.
