Sínodo: Ordenação sacerdotal de pessoas idosas
“Esse perigo de cisma não é imaginário! Tampouco na Amazônia!”, concluiu Dom Azcona.
Por fim, Dom José Luis Azcona falou especificamente sobre a ordenação sacerdotal de pessoas idosas. O Prelado afirmou que, “reconhecendo que a venerável instituição do celibato sacerdotal pertence à área disciplinar da Igreja e, portanto, sujeita a mudanças, considero inconveniente, até perigoso neste momento para a unidade eclesial, abrir a possibilidade que pede o IL”.
“Não se trata de uma problemática exclusivamente de pastoral indígena. É uma situação de penúria generalizada de presbíteros na Igreja. As mesmas razões que podem ser invocadas para este reconhecimento pedido pelo IL são as mesmas que podem ser aplicadas a toda a Igreja, ou a grande parte da mesma”.
Segundo o Bispo, “o problema não é só a falta de sacerdotes suficientes, senão o exame, discernimento desta carência grave para uma solução realista. A raiz fundamental desta penúria de vocações na Igreja e também na Amazônia, incluindo os povos indígenas evangelizados, é de uma alarmante falta de fé ou da ausência de fé que opera na prática por meio do amor, também e necessariamente na história e na sociedade”.
Assim, explicou, “apesar de ser uma questão disciplinar, esta se converte em imperativo ético a partir do indicativo absoluto: Cristo morreu pelo irmão não esclarecido; tua liberdade não é algo absoluto; é contra Cristo que vocês pecam ferindo a consciência do irmão; o único absoluto é o amor; esse amor é o de Deus derramado nos corações pelo Espírito Santo (Rom 5,5)”.
Então, perguntou: “É esse o amor da Igreja na Amazônia? É esse o amor de Deus que impregna suficientemente os critérios de pastoral, os eclesiais, a práxis como a realidade suprema ou é a gnosis ou o Pelágio que comanda a barca da Igreja na Amazônia? (Cfr. Gaudete Exsultate, Francisco 2018)”.