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No último vídeo do programa #CríticaCatólica, falei justamente sobre isso, sobre uma espécie de incorporação da teologia imanentista ambiental na ação evangelizadora da Igreja Católica, especialmente aqui no Brasil.
É claro que falar de uma teologia imanentista não é totalmente correto, visto que a própria ideia do imanentismo parece excluir uma ciência teológica por tratar a realidade transcendente como algo impossível. Mas o que desejo afirmar ao dizer "teologia imanentista" é este contraponto com a teologia católica exposto nas ideias do Instrumento de Trabalho do sínodo pan-amazônico, pois aparecem com grande insistência e clareza, revelando uma intenção nada evangélica de elevação das criaturas inanimadas ao nível de seres adotados por Deus, como se árvores estivem em grau de importância na obra da salvação com o ser humano em sua integralidade (corpo e alma).
O imanentismo presente neste sínodo pode ser danoso a evangelização da fé católica, como já escrevi no artigo sobre o prejuízo deste sínodo para a missão ad gentes. Este dano não começa agora, mas com o sínodo será uma alavancada visível para rupturas com a própria interpretação milenar da Igreja sobre a imperialidade da fé e da doutrina sobre os costumes locais, o que faz com que a missão de evangelizar se esvazie, perdendo sua razão de ser, para adotar apenas um status passivo de manutenção do ambiente, algo que fortifica o fundamentalismo imanentista dentro da Igreja Católica e esta visão panteísta que tenta a todo custo acabar com a teologia milenar e sapiencial da Igreja, rotulando-a como ultrapassada e prejudicial ao mundo moderno.
O ambientalismo já fora denunciado como a nova bandeira do ideal comunista que ainda ronda o mundo a fim de destruir a Igreja Católica, que todos no meio comunista assumem como sendo o principal e mais forte inimigo a ser derrotado. O ambientalismo é o braço mais poderoso deste ideal atualmente e que encontrou uma entrada no seio da Igreja pela moribunda Teologia da Libertação que revestiu-se de verde e trocou os panfletos pelas cartazes de "salvem a Amazônia".
Chamo de teologia imanentista ambiental esta escrota sabotagem da teologia da Igreja a fim de ludibriar os fieis, fazer o mundo cair na conversa ideológica de que a Igreja precisa entender a necessidade de alinhar-se com as grandes corporações mundiais para salvar o mundo.
Ora! Que palhaçada!
E desde quando a Igreja Católica tem a missão de salvar este mundo? Ela sabe e prega a segunda vinda de Nosso Senhor, ou seja, o fim deste mundo e a renovação de toda a obra criada por Deus. A Igreja existe para trazer a salvação aos homens e mulheres, não às árvores e riachos.
Muitos bispos e padres estão, apesar da demora, manifestando o desacordo com este sínodo e desvelando o perigo que pode trazer à fé. Rezemos desde já por este momento da Santa Igreja Católica.