Falsa eclesiologia ou eclesiologia nenhuma

Já se passaram longos sete anos desde a eleição de Mário Jorge Bergoglio para o trono de São Pedro, fazendo-o assim, Papa Francisco. De minha parte nos primeiros quatro anos, mais exatamente até 2017, fazia um tremendo esforço para além de minha tolerância intelectual considerar e codificar as manifestações de Francisco, mas seus documentos e manifestações na imprensa e em suas homilias na casa Santa Marta começaram a limitar ainda mais minha capacidade de tolerância.

Hoje não consigo esconder nem um pouco minha total compreensão de inépcia do Papa Francisco de uma eclesiologia resultado da sabedoria bimilenar da Santa Igreja Católica. Francisco insiste em tentar revolucionar a eclesiologia da Igreja, numa herculana tentativa de apagar todos os doutores antigos, que além de sábios escritores e teólogos são reconhecidos pela Igreja como santos, e coroam nossos altares para nossa inspiração e intercessão.
Photo by Vincenzo PINTO / AFP

Mas Francisco possui uma eclesiologia específica? A tendência parece ser a de identificá-la com a teologia imanente e herética da Teologia da Libertação, tão propagada pelo Pe. Gutierrez, Genésio Boff e atualmente o cardeal Dom Cláudio Hummes, apenas alguns nomes para ilustrar. Preciso lembrar que a Teologia da Libertação baseada em categorias marxistas fora condenada oficialmente pela Igreja na então gestão do cardeal Joseph Ratzinger junto a Congregação para a Doutrina da Fé, além de lembrar também as raízes marxistas que ligam esta "teologia" e seus teólogos aos comunistas russos e as estratégias de poder levadas a cabo pela antiga União Soviética. Existem estudos que falam disso.

Mas apesar desta forte tendência como destaquei acima, compreendo que nem para a TL Francisco se encaixa quando a intenção seria classificar sua eclesiologia. Isto porque compreendo que o atual Papa Francisco não possui uma eclesiologia sistemática, estruturada, capaz de ser identificada e compreendida, e isto não o torna singular, na verdade o torna medíocre enquanto Papa, enquanto bispo, enquanto padre, enquanto jesuíta e enfim, enquanto teólogo. Francisco faz parte daquele clero que não considera importante a estrutura intelectual da compreensão pessoal da "figura eclesial", considerando inútil ficar discutindo modelos sistemáticos e dogmáticos de compreensão da Igreja como presença real no mundo. 

Lembro que a ciência eclesiológica existe dentro da teologia para perscrutar os mistérios da instituição querida e fundada por Deus em Cristo ao mesmo tempo que a revela de maneira compreensível no tempo, sem danificar nem colapsar a sabedoria já adquirida e forjada nos séculos de reflexão e estudos pelos doutores da Santa Igreja.

Como ouso dizer isso? Ora, como ouso simplesmente pensar, sem o temor da ira divina, que deveria ter os que justamente anestesiam suas mentes e suas consciências em nome de uma doentia "obediência" que nada tem a ver com a santa obediência pregada ao longo dos séculos pela Igreja Mãe dos batizados. Acredito que preciso deixar claro que aqui estou falando de minha compreensão da falta de uma eclesiologia clara do atual Papa, o que para mim é terrivelmente prejudicial para toda a Igreja visto a posição que Mario Jorge Bergoglio exerce. 

Suas decisões e posturas revelam o que digo. Muitos me julgam e julgarão, mas são os mesmos que, ou sentem-se confortados com esta situação por algum motivo ou são os que temem uma ira que não virá.


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