O drama dos Baobás

E se um baobá não se arranca a tempo, já não é possível desfazer-se dele. (Exupéry. O Pequeno Príncipe)
Estou relendo com grande satisfação o livro que apresentou-me a Antoine de Sanit-Exupéry, estou falando de sua obra mais famosa, O Pequeno Príncipe. 

Reler esta obra sempre é oportuno, pois sempre pode nos despertar reflexões interessantes a cerca da própria desenvoltura do ser humano sobre esta terra. Gosto muito de reler livros que já havia lido, alguns por este motivo também, mas esta obra em especial me motiva a releitura em períodos menos distantes entre si. 

Quero falar sobre o trecho que destaquei no início. Trata-se da reclamação do Pequeno Príncipe ao aviador sobre uma praga em seu planeta que o dá certo trabalho e que lhe ocupa disciplinarmente, como ele mesmo afirma. Os tais baobás não são apenas como ervas daninhas, mas são perigosos arbustos que podem destruir o pequeno planeta do Pequeno Príncipe.

Os baobás precisam de atencioso cuidado, eles precisam ser detectados logo que surgem para serem extirpados de imediato para não crescerem ao ponto de serem impossíveis de remoção, o que lamentavelmente seria desastroso. Nossa juventude é um terreno fértil para os "baobás" deste mundo. As vezes penso se os acontecimentos do Pequeno Príncipe não seriam apenas reflexos de nossa condição humana, como o caso dos baobás. 

Nós precisamos crescer na atenção do surgimento dos "baobás" em nossa vida, em nosso intelecto, pois se descuidamos eles criam raízes tão profundas que acabam por defenestrar nossas mentes, arruinando não somente o solo fértil de nossa consciência, mas levando-nos a uma espécie de destruição moral e intelectual. O drama dos baobás do Pequeno Príncipe não é somente um drama literário, mas como disse antes, pode revelar o drama existêncial que muitas pessoas passam em suas vidas, afinal, todos temos um pequeno planeta a cuidar e este pequeno planeta pode ser fecundado por sementes perigosas que no descuido germinam e crescem com potência destrutiva em nossa mente e coração. 

Sim, é uma metáfora os baobás do Pequeno Príncipe e os nossos "baobás", mas quem pode duvidar do cuidado que devemos ter com tudo o que lemos, assentimos e acabamos por defender? O zelo por nossa intelectualidade, sadia, serena e fértil merece todo o cuidado que devotamos ao que chega até nós.

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