Hoje encontramos analistas aos montes tentando descrever quadros cada vez mais complexos da realidade em que nos encontramos, com dados, gráficos e análises de comportamento social. Evidentemente que dou a mínima para esta gente que desconsideram um fator que para mim é essencial no entendimento do caos pelo qual passamos: incapacidade intelectiva.
A incapacidade de raciocínio nasce, ou melhor, "morre", na fase fundamental de educação, naqueles anos em que o jovem precisa ser atiçado em direção do esforço racional a qualquer custo. De fato, defendo como educador também, que todo o esforço é necessário nos anos de formação fundamental para o desenvolvimento lógico do conhecimento da verdade/realidade e conhecimento dos fundamentos da civilização que nos rodeia.
As pessoas precisam parar de romances - alias, novelas e romances somente estragam a capacidade racional - e aceitarem que se trata de sobrevivência do estilo de vida a qual julgamos ser o razoável e justo para a vida do ser humano. Hoje em dia fica-nos mais claro onde encontramos o absurdo, na incapacidade intelectiva e na aceitação da mesma como "norma de conduta", e pior ainda, muitos ainda julgam justa esta norma de conduta para viver alguns anos felizes neste mundo, sem os estresses com temas chatos de política, filosofia e normais sociais.
Por falta desta capacidade intelectiva é que pensam assim, desprezando com verdadeiro horror qualquer pessoa ou fala sobre tais temas que julgam desnecessários para uma vida feliz. E é interessante que buscam a felicidade justamente falseando a realidade que os cerca. Isto não faz parte do absurdo?
Além do que falei acima, existe a doutrinação do "absurdo" como normal, como algo que não nos deve chocar ou incomodar. Esta tentativa de normalizar o absurdo já é antiga, mas em tempos como o nosso parece tomar grande força, favorecido por esta falta de intelectividade das pessoas que tratei neste artigo.
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