Credo: A justiça que devemos buscar

Já escrevi algumas vezes aqui sobre virtudes, sobre as anti-virtudes e uma espécie de "imoralidade aceitável" que parece só crescer entre os cristãos no mundo. Esta postura pode ser resumida como falta de formação, mas prefiro ainda chegar no estágio de falta de coerência fé-vida, algo tão comum embora anormal entre os cristãos. 

A fé professada exige de nós uma correspondência que vai além do compromisso agendado, além de esforço pessoal de ir às missas aos domingos, ou de participar das celebrações sacramentais, o que para muitos - e aqui a infeliz ajuda do clero modernizado e estilizado contribui muito - já se tornaram apenas cordialidades sociais que fazemos em benefício de familiares, amigos ou outros grupos de pessoas de quem busco geralmente algum benefício terreno. O Credo que professamos não deveria ser visto de outra maneira do que o contrato que deliberadamente assinamos com Deus, não com o padre ou bispo, de que todos os dias, em todos os momentos da vida, diante de todas as situações, pesarei, medirei e julgarei conforme o que ensina a doutrina que esta fé professada no Credo me exige.

Pode parecer inadequado usar a palavra "exige", mas se pensarmos o que de fato é a profissão de fé recitada em público deveríamos entender que se pode sim abstrair a exigência do que minha boca pronuncia ao alcance de inúmeros ouvidos que transformam-se em testemunhas de meus deveres assumidos.

Um exemplo de nosso quotidiano é a justiça. Todo cristão irá assentir quando falo em que todos devemos viver com justiça e agir justamente com nossos semelhantes, entendendo que a justiça divina deveria ser nosso espelho donde buscamos o ideal a perseguir nesta virtude. Pois bem, apesar desta concordância a grande maioria sabe o quanto já fomos injustos e injustiçados com e pelos nossos semelhantes, seja através de palavras públicas, seja em família, seja apenas no pensamento, que acaba se fazendo conhecer através das posturas que o injusto assumi a partir do mau julgamento. 

"Está sentado a direita do Pai...", este é Jesus Cristo, o Filho de Deus, a encarnação da justiça. Não é novidade para o cristão o que vou dizer agora: Todos devemos ser outros cristos, e somente através do conhecimento de Jesus Cristo, no seu Evangelho é que podemos chegar a esta semelhança com a próprio virtude da justiça. 

Sempre existiu um ditado que dizia mais ou menos assim, "a direita é justa e a esquerda é carrasca...", sempre esta imagem do lado direito levou os homens a entenderem que Jesus Cristo sentado a direita do Pai é a expressão de que o cristão assume qual é posição que deve guiar seus dias sobre a terra.

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